O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, informou, no início da noite desta sexta-feira, que 300 funcionários estavam trabalhando no local do rompimento de uma barragem em Brumadinho, Minas Gerais. Schvartsman disse que não tem a informação de quantos estão soterrados em razão do vazamento dos rejeitos. Desse montante, 100 pessoas foram localizadas, segundo o presidente.
— A maioria dos atingidos é nossos próprios funcionários — disse.
O presidente da Vale disse que a barragem estava inativa desde 2014 e que não estava recebendo rejeitos. Schvartsman disse que o restaurante utilizado pelos funcionários foi atingido pela lama. O incidente foi registrado no horário de almoço.
Pelo menos 51 agentes do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais seguem em atuação na região afetada. Os Bombeiros informam que cerca de 200 pessoas estão desaparecidas.
— Esses acidentes, eles são a coisa pior que uma pessoa pode ter na vida. É importante que os senhores saibam que a maioria dos atingidos são nossos próprios funcionários. Nós tínhamos, no momento do acidente, aproximadamente 300 funcionários, próprios e de terceiros, trabalhando no local. Não sabemos quantos foram acidentados, porque houve um soterramento do produto vazado ma barragem — afirmou.
O presidente da Vale disse que a barragem não recebe rejetos há três anos, o que pode reduzir o dano ambiental causado pelo vazamento.
— Há mais de três anos ela não opera. Estava em processo de descomissionamento. Consequentemente, ela sequer recebia rejeitos de mineração.
Schvartsman disse que a Vale buscou tomar providências para garantir mais segurança às barragens, adotando uma série de medidas, como a execução de fiscalização periódica, revisões realizadas por empresas estrangeiras e auditorias externas, além de implantação de sirenes. No entanto, Schvartsman não soube confirmar se as sirenes foram acionadas em Brumadinho, mas, segundo ele, a ação não seria efetiva em razão da velocidade do evento.