Enquanto fazem alongamento e ensaiam os passos das coreografias, os alunos da Escola Preparatória de Dança da Restinga (EPD) tentam se desvencilhar dos pedaços do piso parquete que se soltam do chão do antigo laboratório de ciências da Escola Municipal Senador Alberto Pasqualini, onde funciona o projeto. O problema se resolveria com a colocação de um piso flutuante, ideal para atividades de impacto, que já está à disposição da equipe.
Uma escola de dança que está encerrando atividades na Azenha doou o material, mas pediu que ele fosse retirado até quarta-feira, 30. Por isso, professores e pais da EPD correm contra o tempo para conseguir voluntários que ajudem a remover o piso, transportem até a Restinga e coloquem um novo no lugar, para que o doador possa finalmente fazer a entrega da sala. Mais tarde, mas não menos importante, também necessitam retirar o parquete velho do antigo laboratório e colar o novo.
— Nós ganhamos o piso, mas temos que arcar com os custos de retirada, transporte, nivelar o parquete solto com cimento e colocar o piso na nossa sala. Para arrecadar fundos, iniciamos uma mobilização. Quem puder e tiver interesse de doar qualquer valor ficaremos agradecidos — relatou a voluntária do projeto Ana Maria Araújo.
Valor
A troca é considerada prioridade para o grupo, que tem três turmas e ensaia três vezes por dia. Um piso um novo custaria cerca de R$ 15 mil, por isso, perder a doação está fora dos planos.
— Pela segurança das crianças, esse piso precisa ser trocado. Eles tropeçam, chutam, machucam os pés e têm riscos de torções e outras lesões sérias — alerta Ana.
O valor necessário para concluir a obra é de R$ 4 mil. Outros materiais foram oferecidos à escola com preço acessível, como barra de ballet e caixa de som. A intenção também é arrecadar verba para aquisição destes itens.
Projeto atende 80 crianças
O EPD Pasqualini é um projeto social que atende cerca de 80 crianças entre seis e 18 anos. Criado em 2014, ele é aberto à comunidade. Professores da rede municipal e contratados pela prefeitura ensinam sapateado, danças urbanas, ballet, jazz, danças afros, entre outras modalidades. O parquete já foi consertado diversas vezes por eles mesmos com fitas adesivas, cola e cimento. Sem sucesso, a integridade física das crianças e adolescentes acaba sendo a maior preocupação.
Gabriel Gonçalves da Silva, 11, aluno do 6º ano, torceu o dedo do pé na última semana. Com o pé enfaixado, segue indo às aulas e, com cuidado, driblando a contusão.
— Além do corte, senti muita dor porque travou a dedo no parquete. Se tivermos o piso novo, vamos ter mais qualidade para ensaiar e dançar melhor — estima o garoto.
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