Os moradores das comunidades Córrego do Feijão e Tejuco, na área atingida pela tragédia de Brumadinho (MG), foram despertadas com o ressoar de uma sirene às 5h30min deste domingo (27) e estão deixando suas casas.
O alerta de evacuação foi dado, segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tentente Pedro Aihara, devido à elevação do risco de rompimento da barragem B6, que compõe o sistema da mina onde já havia ocorrido o problema, na última sexta-feira (25). Essa barragem, cheia de água, vinha passando por bombeamento desde a tarde de sábado (26), mas choveu na região, o que pode ter agravado a situação.
Os moradores estão sendo levados para áreas nas mesmas comunidades, porém em locais mais altos, sob orientação das equipes de socorristas.
– O Corpo de Bombeiros permanece com todas as suas aeronaves de prontidão – diz Aihara.
O procedimento, segundo ele, está transcorrendo "sem problemas".
Segundo a Vale, o nível de água dos instrumentos da barragem 6, que tinha risco de rompimento, aumentou. As autoridades foram avisadas.
Comunicado da Vale
A Vale informa que, por volta das 5h30 deste domingo, acionou as sirenes de alerta na região da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), ao detectar aumento dos níveis de água nos instrumentos que monitoram a barragem VI. Esta barragem faz parte do complexo de Brumadinho. As autoridades foram avisadas e, como medida preventiva, a comunidade da região está sendo deslocada para os pontos de encontro determinados previamente pelo Plano de Emergência. A Vale continuará monitorando a situação, juntamente com a Defesa Civil. Novas informações a qualquer momento.
Tragédia em Brumadinho
A barragem de Brumadinho, cidade localizada a cerca de 60 km de Belo Horizonte, se rompeu na tarde de sexta-feira (25). A tragédia deixou debaixo da lama boa parte das instalações do complexo Córrego do Feijão, que pertence à mineradora Vale do Rio Doce.
Conforme atualização divulgada na manhã deste domingo (28) pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o número de mortos na tragédia de Brumadinho chegou a 37.
Na tarde de sábado, agentes fizeram bloqueios na região por causa do risco de um terceiro rompimento da barragem — a mina é formada por três barreiras e duas delas romperam na sexta. A interrupção também foi realizada devido a chuva que atingiu o local.