Empresários e moradores que dependem da BR-116 no bairro Planalto, em Caxias do Sul, iniciaram um abaixo-assinado exigindo a realização do acabamento da rodovia no ponto onde foi implantada a terceira faixa. O movimento exige melhorias nos acessos e nas calçadas, que ficaram precários após a finalização das obras no leito da estrada.
A mobilização começou na última sexta-feira (28) e até o meio-dia desta terça-feira (2) já reunia quase 200 assinaturas. A coleta ocorreu apenas em casas e empresas às margens da rodovia entre os kms 151 e 153, que receberam as obras. O objetivo é protocolar o abaixo-assinado na prefeitura e no Ministério Público.
A principal reclamação de quem utiliza a estrada é a diminuição do acostamento, que dificulta as manobras, principalmente de caminhões, que precisam entrar ou sair dos lotes. Agora, para entrar ou sair de estacionamentos, os veículos precisam praticamente parar sobre o leito da rodovia. Além disso, o pavimento dos acessos foi retirado e, na maioria dos casos, não foi colocado novamente. O problema faz ainda com que a água da chuva escorra para dentro dos terrenos.
— Antes não estava boa, mas pelo menos tinha acostamento. Estão esperando morrer gente? Isso é um convite para morrer — protesta Eroci João Bado Avella, proprietário da empresa Madeirão e organizador do abaixo-assinado.
Na tarde de sexta e na manhã de sábado (29) a Secretaria Municipal de Obras e a empresa responsável pela construção da terceira faixa aplicaram asfalto nos acessos mais danificados e nivelaram a terra que ficou no espaço das calçadas. De acordo com o secretário Leandro Pavan, o trabalho foi realizado com autorização do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (DNIT) e não estão previstas novas intervenções porque o órgão federal ainda pretende aplicar mais uma camada asfáltica. No entanto, o engenheiro Daniel Bencke, da unidade de Vacaria do DNIT, afirma que não há recursos para fazer o reforço de pista neste momento e que a rodovia está em condições de suportar o tráfego.
Sobre os problemas, Bencke já havia afirmado que a redução do espaço de manobra ocorreu porque a nova faixa foi construída sobre a faixa de domínio da estrada. Ele disse ainda que a modificação é uma nova realidade e que é necessária uma adaptação dos moradores.