Os poucos recursos disponíveis previstos no orçamento de 2018 estão fazendo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) investir o mínimo possível em manutenção para garantir que a verba não acabe antes do fim do ano. Dos R$ 300 milhões destinados pela União, dois terços já foram gastos na conservação das rodovias federais do Rio Grande do Sul.
— Temos ainda seis meses de manutenção, num período de chuvas, com essa escassez de recursos — admitiu o superintendente da autarquia no Rio Grande do Sul, engenheiro Allan Magalhães Machado, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta terça-feira (24).
Machado ressalta que dos R$ 100 milhões que ainda não foram gastos, boa parte já está destinada a obras que estão em andamento, sobrando pouco para problemas que surgirem nos próximos meses. Ele espera que o governo federal destine mais recursos para o Dnit gaúcho, ainda em 2018, para que os serviços sejam mantidos.
Sobre a falta de pintura no asfalto no trecho da BR-386, o superintendente informa que há previsão deste tipo de serviço para os próximos dias. Ele garante também que a duplicação da BR-116, entre Guaíba e Pelotas, não irá parar ao longo do ano, apesar de que mais da metade dos nove lotes neste momento não contam com trabalhos em andamento. Machado também confirmou que as balanças de pesagem devem voltar a funcionar nas rodovias federais ainda neste semestre.
A falta de recursos, porém, está afetando as obras de duplicação da BR-290, entre Eldorado Sul e Pantano Grande, e o prolongamento da Rodovia do Parque até Portão.
Já sobre a freeway, o superintendente informa que está com projeto e edital pronto para poder escolher uma empresa que ficará responsável pela manutenção da rodovia. A concorrência ainda não foi lançada porque a autarquia aguarda o resultado das negociações que podem repassar para a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) a responsabilidade sobre a freeway.
O Dnit também está fazendo uma análise técnica para avaliar se os buracos que já aparecem na rodovia foram causados por estes 20 dias sem conservação ou se havia algum problema estrutural na rodovia antes do fim do contrato da Concepa.