A Defesa Civil trabalha com o número de 24 municípios gaúchos afetados pelos temporais desde domingo (10). O balanço atualizado foi divulgado às 17h desta terça-feira (12). Mais cedo, o governador José Ivo Sartori esteve reunido com o coronel Alexandre Martins de Lima para avaliar os danos. Os temporais causaram a morte de duas pessoas – uma em Sarandi e outra em Ciríaco – além de pessoas feridas.
José Alves Nunes, 54 anos, morreu soterrado em uma casa em Ciríaco. A outra vítima do mau tempo foi Rita Didomênico, 69 anos, que morreu após a casa desabar na localidade de Linha Águas do Ângico, em Sarandi.
De acordo com a Defesa Civil, 2.630 residências foram atingidas pelos temporais. Dez famílias estão desabrigadas e 22 desalojada. As regiões mais afetadas foram o Norte, Planalto, Serra e Centro.
— Os números podem mudar, pois ainda estamos recebendo informações — frisa o coronel, que estima pelo menos três feridos.
Para a Defesa Civil, o Rio Grande do Sul foi atingido por uma sequência de tornados, devido à gravidade do fenômeno, mas o coronel ressalta que o órgão "não é especialista em meteorologia".
— Há muita divergência sobre isso, mas foi essa a informação que recebemos. Não somos especialistas em meteorologia. Nosso trabalho é resguardar vidas — observa.
Conforme o meteorologista do Inmet, Rogério Rezende, é difícil concluir qual o fenômeno recaiu sobre o Estado pela falta de estrutura como imagens de radares e coleta de dados sobre a velocidade dos ventos.
— Pelas imagens que circulam na internet, o que podemos perceber é que realmente a gente teve a ocorrência de tornados e micro explosões, principalmente entre o Noroeste e Norte do Estado — considera, ao frisar que pode ter sido um tornado entre F0 e F1.
— Porém, não se pode dizer que houve um tornado sobre o Estado, mas sim sobre uma região. A atmosfera estava propícia para que acontecesse, mas bater pé que foi isso ou aquilo é muito difícil, pois precisaríamos dados científicos — reitera.