Ocorre neste sábado (5), desde as 10h, a Festa Nacional da Cavalaria, no Parque Histórico Marechal Manoel Luis Osório. O local fica em Tramandaí, no quilômetro 101 da RS-030. As atividades, organizadas pelo Comando Militar do Sul, são abertas ao público. Estão previstas cerimônias militares, exposições e visitações de museus.
A celebração, que comemora o dia da Arma de Cavalaria, é uma homenagem a Marechal Osório, nascido em 10 de maio de 1808, na Fazenda Conceição do Arroio, local onde hoje se situa o Parque Osório.
Marechal Osório, o Marquês do Herval, foi um militar, político e monarquista brasileiro. Ele é patrono da Arma de Cavalaria do Exército nacional. Participou com destaque da Guerra do Paraguai, entre 1864 e 1870. Naqueles anos, diante de tentativas expansionistas do Paraguai, houve a formação da chamada Tríplice Aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai. Derrotado e devastado, o episódio foi determinante para transformar o Paraguai em um dos mais atrasados países da América do Sul. Além das disputas territoriais, há correntes historiográficas que apontam a intromissão do Reino Unido como causadora oculta do conflito, sob o suposto interesse do império europeu de impedir a ascensão militar e econômica de um país sul americano.
Em junho de 2008, em entrevista ao repórter de Zero Hora Carlos André Moreira, o historiador Francisco Doratioto comentou a trajetória de Osório, general e marechal.
"O General Osório, depois da Guerra do Paraguai, se torna um ídolo da população e dos militares. Não é nada construído, é decorrência da participação dele na guerra, e, depois, do fato de ele ser do Partido Liberal, no qual, após a década de 1870 se depositava muitas esperanças de reforma do processo político brasileiro, ampliação da participação de eleitores, esse tipo de coisa. Mas, terminado o Império, a popularidade de Osório continua enorme, basta ver o número de ruas e praças batizadas com o nome dele. O Osório começa a ser substituído intencionalmente, com uma postura institucional do Exército, a partir de 1920. Porque, como eu escrevo no livro, temos nessa época o movimento do tenentismo, várias rebeliões, e o Exército precisa de uma figura forte, identificada com a ordem, com a centralização, com a hierarquia, e essa figura é o Caxias, que era do Partido Conservador, que lutou contra todos os levantes no período, que foi, enfim, o homem da ordem".