
Na tentativa de amenizar os reflexos da greve dos caminhoneiros, dois caminhões carregados com combustível foram encaminhados ao aeroporto Salgado Filho, no fim da tarde desta quinta-feira (24). O carregamento garante que a operação ocorra normalmente no aeroporto até o meio-dia desta sexta-feira (25), segundo a assessoria da Fraport, empresa alemã que administra o terminal.
Assim como os três caminhões-tanque que saíram da Refap em direção ao aeroporto de Porto Alegre no início da tarde, o segundo carregamento de combustível também precisou de escolta policial. Não há previsão de novos caminhões com combustível para o aeroporto.
A Fraport, por meio de alerta em seu site, pede que os passageiros contatem as companhias aéreas com antecedência para evitar transtornos causados por eventual desabastecimento.
Operações nos mesmos moldes da realizada na Capital também ocorreram em outros Estados, como São Paulo e Paraná, e também no Distrito Federal. Nesta quinta-feira, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, declarou que o emprego de força federal para conter a greve não foi requisitado por nenhum Estado, mas confirmou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem feito escolta de caminhões-tanque até os aeroportos para garantir o abastecimento de aeronaves.
— O governo, evidentemente, monitora (a greve dos caminhoneiros) e temos informações praticamente hora a hora, produzidas pela Polícia Rodoviária Federal e área de inteligência — afirmou o ministro.
Na segunda-feira, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou nota recomendando passageiros com voos marcados que consultem as empresas aéreas antes de se deslocarem para os aeroportos até que a situação se normalize.
Em comunicado atualizado nesta quinta, a agência garantiu que, mesmo com a escassez de combustível nos aeroportos, "todos os voos que estão em operação seguem abastecidos dentro do estabelecido pelos regulamentos da Agência".
O órgão ressalta ainda que "os regulamentos da Anac estão amparados internacionalmente e regulam o cálculo a ser feito conforme a rota, a reserva mínima a ser observada, além de instruções sobre a operação que podem alterar o cálculo do combustível. Todas as medidas estipuladas nas operações visam a segurança operacional dos voos, que é a prioridade para a Anac."
Em outros Estados, a restrição de combustível de aviação também causa transtornos em alguns aeroportos. Companhias informaram cancelamentos de voos partindo de Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Pará, Tocantins, Rio Grande do Norte e Goiás.