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Caso de janeiro
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Família de menino que morreu após colisão na Vila Luiza protesta por justiça em frente ao Fórum de Passo Fundo

Mãe do menino Endriel de Camargo Borges, cinco anos, relatou angústia depois da morte do filho. Na manifestação, familiares ergueram cartazes com postagens publicadas pelo motorista antes do incidente

Günther Schöler

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Familiares de Endriel de Camargo Borges, o menino de cinco anos que morreu após colisão causada por motorista embriagado na Vila Luiza, em janeiro, protestaram em frente ao Fórum de Passo Fundo na tarde desta quarta-feira (26).

O grupo levou cartazes com postagens publicadas pelo motorista nas redes sociais no dia do acidente, que mostravam diferentes tipos de bebidas alcoólicas. Ao longo da investigação, a Polícia Civil identificou que o homem não tinha habilitação para dirigir

A presença dos familiares ocorreu por conta da audiência de instrução do caso, depois do aceite da denúncia do Ministério Público contra o homem de 22 anos que causou o acidente. 

Segundo o advogado Luís Ronaldo Lopes dos Santos Júnior, que defende a família, inicialmente a Justiça vai ouvir as testemunhas do caso. Outras audiências ainda devem acontecer para definir se o réu irá ou não para júri popular.

O acidente aconteceu em 12 de janeiro no cruzamento das ruas Gervásio Annes com Guilherme Kurtz, no bairro Vila Luiza, em Passo Fundo. Endriel, uma prima e uma tia iam buscar a mãe do menino no trabalho quando o carro em que estavam teve a frente cortada por um automóvel que não parou na placa "pare". Os dois carros bateram e rodopiaram na via. Com o impacto, o menino foi arremessado para fora do veículo.

"Estou só existindo" 

Arquivo Pessoal / Divulgação
Endriel de Camargo Borges, de cinco anos, morreu após colisão entre carros em Passo Fundo.

A mãe de Endriel, Caiane dos Santos de Camargo, participou da manifestação. Ela espera que o réu responda por homicídio doloso, quando há intenção ou se assume o risco de matar, como apontado no inquérito da Polícia Civil.

— Tudo mudou por causa desse dia (do acidente). Eu quero justiça pelo meu filho. Espero que continue como homicídio doloso, porque culposo não foi. Espero que o rapaz seja realmente punido pelo que ele fez — disse. 

Agora, resta a esperança de que a justiça será feita, apesar da dor do luto deixada pela morte do filho: 

Eu estou só existindo. A minha vida era em torno dele e ele já não está mais aqui. 

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