A concessão do Parque Aldeia do Imigrante, em Nova Petrópolis está prevista para iniciar até abril. Esta é a previsão da Secretaria Municipal de Turismo. Desde 2016, a prefeitura tenta conceder o espaço à iniciativa privada, mas a falta de interessados inicialmente e, agora, a burocracia do processo licitatório tem impedido o avanço do processo.
A prefeitura aposta na concessão para renovar o atrativo turístico, que foi inaugurado em 1973 para resgatar o passado dos imigrantes que colonizaram a região. Conforme o secretário municipal de Turismo, Paulo Roberto Staudt, o dinheiro que a prefeitura arrecada com os ingressos é gasto em manutenção, mas o município não tem condições de investir um valor mais alto para revitalizar o espaço.
O edital de concessão prevê que a empresa vencedora aplique R$ 3 milhões em infraestrutura e possa explorar o parque ao longo de 12 anos. Entre os investimentos, estão a restauração das casas da aldeia histórica e revitalização de lagos. Todas as intervenções passarão pelo crivo do município para a área não ser descaracterizada.
Uma comissão foi formada para analisar o processo licitatório. Ela é composta por seis pessoas, sendo dois integrantes da prefeitura, um da Câmara de Vereadores e três representantes da comunidade. O primeiro edital foi lançado em dezembro de 2016, mas não houve interessados. O documento que rege a licitação em andamento foi lançado em outubro do ano passado.
Desta vez, uma empresa, a Urbanes Empreendimentos, apresentou proposta para concorrer e foi considerada habilitada na abertura do Envelope 1. O edital prevê a abertura de três envelopes. No segundo, consta a proposta técnica da empresa, que inclui intervenções previstas no parque, e o terceiro traz a proposta comercial, que envolve também o valor de ingresso que a concessionária pretenderá cobrar dos visitantes. Atualmente, é cobrado o valor de R$ 5 e os moradores da cidade são isentos. A isenção continuará durante a concessão, mediante cadastro.
O segundo envelope, com a proposta técnica, foi aberto em 19 de janeiro. Em nova reunião da comissão, que ocorreu nesta quinta-feira (1º), a proposta foi analisada, mas ainda não ficou definido se a empresa está classificada ou desclassificada. Para isso, uma nova reunião foi marcada para o dia 22 de fevereiro.
Staudt afirma que o prefeito pediu agilidade e também considera que o processo está demorando. Segundo ele, houve dificuldade em alinhar as agendas dos integrantes da comissão por conta do período de férias entre o final do ano passado e o início de 2018. Ele também observa que a proposta técnica é extensa para a análise, contendo 185 páginas.
Caso a proposta técnica receba da comissão uma pontuação suficiente em itens previstos no edital, a empresa se classificará para a próxima fase, com a abertura da proposta comercial. O edital não prevê um valor limite para o ingresso do parque a ser proposto pela empresa; caberá à comissão avaliar e julgar a proposta. Se ela for aprovada, o município e a empresa assinarão o contrato de concessão, o que está previsto para março ou abril.