Os dados de audiência da Netflix são mais secretos do que as atividades do Departamento de Energia de Hawkins, Indiana, mas uma coisa é certa, a julgar pela popularidade de atores e personagens nas redes sociais: a primeira temporada de Stranger Things, que estreou em julho do ano passado, foi um fenômeno de popularidade no Brasil.
Com um mix de nostalgia oitentista, suspense e terror, a trama caiu no gosto de adultos e crianças – fenômeno raro no universo cada vez mais nichado dos seriados. Na segunda temporada da série, disponível a partir desta sexta-feira no serviço de streaming, os fãs vão reencontrar a adorável turma de protagonistas mirins – responsável por boa parte do sucesso da série – um pouco menos inocente, mas não menos divertida.
A ação da segunda temporada se passa cerca de um ano depois dos acontecimentos anteriores, perto do Halloween (31 de outubro). Estamos em 1984 – o icônico ano da distopia futurista de George Orwell, mas também do nascimento dos Irmãos Duffer, criadores da série.
O período é uma mina de ouro para o garimpo de referências à cultura pop que despertam a nostalgia dos adultos e a curiosidade dos espectadores mais jovens. São de 1984 clássicos juvenis como Indiana Jones e o Templo da Perdição, Gremlins, Karate Kid, Ghostbusters e Exterminador do Futuro, além da aclamação do disco Thriller, de Michael Jackson, no Grammy.
Com essa matéria-prima à disposição, a segunda temporada presta algumas homenagens mais explícitas, como as cenas em que o quarteto formado por Will Byers (Noah Schnapp), Mike Wheeler (Finn Wolfhard), Dustin Henderson (Gaten Matarazzo) e Lucas Sinclair (Caleb MacLaughlin) improvisa fantasias de "ghostbusters" para o Halloween, e outras mais sutis, como o bichinho nojento, que lembra os endiabrados gremlins, adotado por um dos personagens.
Astros de filmes dos anos 1980 entram para o elenco
No último episódio da primeira temporada, Will havia sido resgatado do Mundo Invertido (ou Upside Down), e Eleven (Millie Bobby Brown) havia desaparecido. A segunda temporada vai explorar as sequelas da passagem de Will pelo lado escuro da força e sua readaptação à vida normal. Eleven também está tentando se adaptar a uma nova vida, distante dos amigos e atormentada pelo passado e por seus superpoderes.
Enquanto isso, novos personagens agregam-se ao universo de Hawkins, dois deles diretamente resgatados de sucessos dos anos 1980. Sean Astin, um dos garotos do filme Goonies (1985), entra na história no papel de Bob Newby, o novo namorado de Joyce Byers (Winona Ryder). Paul Reiser, que atuou em Aliens, O Resgate (1986), vive um parceiro do sinistro agente governamental interpretado por Matthew Modine na primeira temporada.
Pelos quatro episódios que a Netflix liberou para a imprensa antes da estreia, pode-se prever uma segunda temporada um pouco mais sombria – não apenas pelas constantes intromissões do Mundo Invertido na vida cotidiana, mas pelo tipo de pressão psicológica a que personagens como Will, Eleven e a nova amiga da turma, Max (Sadie Sink), por diferentes motivos, estão submetidos. Ainda assim, a satisfação continua garantida para quem assiste a Stranger Things mais para se divertir com as referências ao pop dos anos 80 do que para levar sustos com monstros gosmentos.
Novos personagens
A amiga
Nova na cidade, Max (Sadie Sink) imediatamente atrai a atenção dos garotos e acaba entrando para a turma – ou tentando entrar. Sua vida familiar parece mais complicada do que seus novos amigos podem imaginar.
O namorado
Bob Newby (Sean Astin) foi colega de escola de Joyce Byers (Winona Ryder), em uma época em que ela era muito popular e ele não. Agora, os dois estão namorando, mas será que Bob é tão inofensivo quanto parece?
O vilão
Dr. Owens (Paul Reiser) é um membro do alto escalão do Departamento de Energia destacado para conter, a qualquer preço, os estranhos eventos que estão se desenrolando em Hawkins. Ou não?