O centro do Estado teve 13 municípios atingidos pelo temporal da última quinta-feira (19). Depois de Santa Maria, que foi castigada por rajadas de vento que passaram dos 90 km/h, Júlio de Castilhos é a cidade mais afetada – esta é a segunda vez que o município sofre com os impactos da chuva neste mês. No município de 19,5 mil habitantes, mais de 4 mil pessoas estão sem luz e 1,7 mil alunos de 12 escolas da rede municipal estão sem aula. Foram mais de 300 casas atingidas e a Defesa Civil distribuiu, até o momento, 18 mil metros de lonas.
Levantamento da GaúchaZH e da RBS TV Santa Maria aponta, além de Santa Maria e Júlio de Castilhos, estragos em Cachoeira do Sul, Itaara, Jari, Mata, Nova Esperança do Sul, Rosário do Sul, Santiago, São Francisco de Assis e São Vicente do Sul. Mas ainda houve relatos de problemas em Capão do Cipó e Quevedos.
A maioria dos municípios trabalha, agora, com a Defesa Civil do Estado para estudar a viabilidade de decretar situação de emergência – o que garantiria a destinação de recursos dos governos federal e estadual.
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Na quarta-feira (18), o Diário Oficial da União publicou os decretos de situação de emergência de três municípios da região que já tinham sofrido prejuízos com temporais no começo de outubro: Capão do Cipó, Júlio de Castilhos e Tupanciretã.
Confira, abaixo, a situação em nove cidades da Região Central:
Cachoeira do Sul
Os estragos se concentraram na zona rural – nas localidades das vilas Piquiri e Vargas. Foram 125 residências que, juntas, somam 500 pessoas. As casas foram atingidas por granizo e rajadas de vento. A cidade contabiliza, até o momento, estragos pontuais, mas não há registro de destelhamento. A prefeitura distribui, até esta sexta-feira (20), quase mil metros de lonas.
Itaara
No município vizinho de Santa Maria, houve queda de árvores e postes. A maioria caiu na estrada do Perau, que liga os dois municípios. Houve casas atingidas, muitas nas áreas dos balneários.
Jari
Mais de 900 casas foram atingidas e as escolas da rede municipal estão com as aulas suspensas até que haja a recuperação de parte da estrutura dos prédios. O parque de máquinas está prejudicado. Há prejuízos nas lavouras de fumo e milho. Mais de 90% da zona rural está sem luz. Os serviços de água e de telefonia estão comprometidos.
Mata
Os moradores seguem sem os serviços de água e energia elétrica. A localidade de São José foi a mais atingida. A prefeitura contabiliza 20 postes de luz caídos e as aulas das escolas das redes estadual e municipal estão momentaneamente suspensas.
Nova Esperança do Sul
A prefeitura contabiliza 900 casas destelhadas pelo vendaval. Ainda estão sendo distribuídas lonas no município, que segue sem os serviços de água, luz e telefonia. Na rede municipal de ensino, são 700 alunos sem aulas.
Rosário do Sul
O vento forte causou estragos em cerca de 350 casas. Parte da cidade está sem energia elétrica e com problemas no abastecimento de água. Até agora, foram distribuídos 400 metros quadrados de lonas.
Santiago
A Defesa Civil contabiliza várias árvores caídas e cerca de 200 casas destelhadas. Seguem sendo distribuídas lonas às famílias atingidas. Suspensas na quinta-feira (19), as aulas da rede municipal, que tem 4 mil estudantes, já foram retomadas.
São Francisco de Assis
O município foi atingido por uma forte chuva de granizo. A população de 19,2 mil habitantes ficou, durante a quinta-feira (19), sem luz e água. Nesta sexta (20), parte dos serviços começou a ser normalizada. A prefeitura estima que 900 casas tenham sido danificadas pelo vendaval. No hospital da cidade, apenas estão sendo atendidos casos de urgência, já que metade do telhado foi levada pelo vento. As aulas na rede municipal estão suspensas.
São Vicente do Sul
Parte dos 9,9 mil habitantes segue, na manhã desta sexta-feira (20), sem energia elétrica. Segundo a prefeitura, 350 casas foram destelhadas e há vários relatos de postes pendurados. São 700 estudantes da rede municipal que devem seguir, até a próxima segunda-feira (23), sem aula. No interior do município, em Balneário do Umbu, a população está sem água e luz. A prefeitura está providenciando um gerador para, pelo menos, conseguir puxar água do poço e abastecer as famílias.