Por volta das 23h desta quinta-feira, taxistas da Região Metropolitana se reuniram na Avenida Ipiranga em um protesto pelo atropelamento de um colega por um motorista de Uber nas proximidades da rodoviária de Novo Hamburgo durante a manhã, em uma confusão que precisou da Guarda Municipal e da Polícia Militar para ser controlada.
Em Porto Alegre, os motoristas bloquearam o sentido Sul-Norte da avenida, deixando uma das pistas apenas livre, por ser uma rota próxima a centros de saúde como o Hospital Ernesto Dornelles e o Hospital de Clínicas. De acordo com os taxistas, a regulamentação de aplicativos de transporte privado, como Uber e Cabify, é muito mais branda que a dos táxis. Além disso, eles estariam sendo ameaçados por motoristas de aplicativos. Um dos casos teria ocorrido próximo ao Bar Alternativo, em Novo Hamburgo, onde há um ponto de táxi.
– Nós trabalhamos com 10 táxis lá. Quando fica um ou dois, eles (motoristas de aplicativos) descem a lomba, botam a arma na nossa cara e mandam a gente sair. Aí a gente tem que sair, né? Quando junta mais táxis nós voltamos e eles somem. Eles ficam nos coagindo – diz Nilson Gilmar Ludwig Júnior, taxista há 10 anos.
A assessoria do Uber se manifestou após o atropelamento, comunicando que não admite o envolvimento de seus parceiros em brigas de trânsito e "considera inaceitável o uso de violência. Este tipo de comportamento poderá levar à suspensão da plataforma", informou a empresa.