Com o contrato encerrado desde 2016, a prefeitura de Santa Maria vem mantendo com a Corsan os serviços de água e de esgotamento sanitário em Santa Maria com aditivos de prazo desde o fim do ano passado. A prefeitura prorrogou, recentemente, por mais 45 dias, por meio de um aditivo de tempo, as atividades prestadas pela companhia.
Ao fim desse prazo, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) irá apresentar à Corsan um contrato de transição antes de uma renovação definitiva por um período maior. A ideia do Executivo é estabelecer, em um primeiro momento, um prazo de cinco anos para que a Corsan zere o passivo das obras não feitas nos últimos 20 anos.O contrato vigente, até então, foi firmado em 1996 e se encerrou em 2016.
Nos planos do prefeito Pozzobom, após esses cinco anos - que serviriam como um termômetro para mensurar a eficiência e o comprometimento da companhia com Santa Maria -, a administração municipal avaliaria se renovaria por um período maior: que pode variar de 20 a 35 anos.
O prefeito afirma que já existe uma minuta prévia para esse contrato menor: com metas e objetivos a serem atendidos pela Corsan e, inclusive, com punições em caso de descumprimento. Conforme o político, haverá cláusulas contratuais mais rígidas. Ele cita como exemplo as obras do esgoto do bairro Camobi, iniciadas em 2013 e que deveriam ter sido entregues em 2015, e que ainda não foram concluídas.
Do lado da Corsan, o superintendente regional da companhia, José Epstein, afirma ter conhecimento dessa proposta e acena, agora, com a possibilidade de honrar o que vier a ser pactuado com a prefeitura, nesses primeiros cinco anos.
Epstein cita que a Corsan tem todo o interesse em dar sequência aos serviços prestados e que a companhia irá atender às demandas pactuadas com o Executivo municipal.
Além disso, o superintendente regional destaca que dos cerca de R$ 120 milhões - para obras de saneamento de 11 bairros e vilas do município -, R$ 5 milhões já estão em execução com obras em andamento. Ao fim dessas obras, a Corsan projeta uma cobertura de 80% a 90% da rede de esgoto do município.
A Corsan ainda lembra que todas as melhorias a serem implementadas obedecerão e acompanharão as demandas do Plano Municipal de Saneamento, que deve ser executado em até 20 anos. A companhia, ainda em 2015, prometeu a aplicação de R$ 700 milhões que seriam diluídos em investimentos em 30 anos.