Confira a seguir os serviços e setores, no Rio Grande do Sul, que podem sofrer algum tipo de restrição em razão da greve geral prevista para esta sexta-feira (30) e quais são os principais atos planejados pelas centrais sindicais em Porto Alegre.
1) Trens
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Estado (Sindimetrô-RS) decidiu paralisar a Trensurb por 24 horas, a partir da 0h. No fim da tarde desta quinta-feira (29), a empresa obteve liminar na Justiça garantindo o funcionamento pleno das 5h30min às 8h30min e das 17h30min às 20h30min.
Na manhã desta sexta, os trens operam parcialmente e sem cobrança de tarifa. Há atrasos – um piquete às 5h impediu o início da operação dos trens. Por volta das 6h30min, as composições voltaram a circular com intervalo de sete minutos.
2) Ônibus
No início da manhã, piquetes impediram a saída dos ônibus das garagens. Em seguida, com intervenção da Brigada Militar, coletivos de todas as empresas iniciaram a circulação
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3) Bancos
O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) decidiu que não haverá expediente em agências da Capital e de outros 15 municípios próximos, entre eles Canoas, Sapucaia do Sul, Nova Santa Rita, Alvorada, Viamão, Guaíba e Eldorado do Sul.
4) Escolas
- Rede estadual
O Cpers-Sindicato decidiu que não haverá aula nas escolas estaduais e participará dos atos na Capital, mas a greve nas escolas dependerá da adesão dos professores.
- Rede municipal
O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) decidiu que os servidores irão parar, incluindo os professores municipais.
Em Caxias do Sul, na Serra, cinco escolas municipais informaram adesão parcial ou total à greve: Escola Municipal de Ensino Fundamental Caldas Júnior (turnos manhã e tarde), Escola Municipal de Ensino Fundamental Érico Veríssimo (somente no turno da manhã), Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Antônio (somente no turno da manhã), Escola Municipal de Ensino Fundamental Senador Teotônio Vilela (somente no turno da manhã) e Escola Municipal de Ensino Fundamental Zélia Rodrigues Furtado (turnos manhã e tarde).
- Rede privada
O Sindicato do Ensino Privado (Sinepe-RS) orientou as instituições a avaliarem as condições para decidir o que fazer. De 44 escolas consultadas pela entidade até as 13h desta quinta-feira (29), apenas o Colégio João XXIII, em Porto Alegre, irá paralisar as aulas.
Já o Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro) fez consulta por e-mail e 67% dos participantes confirmaram a intenção de parar.
- Ensino Superior
Após consulta eletrônica, o Sindicato Intermunicipal dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior do Rio Grande do Sul (Adufrgs-Sindical) aprovou adesão à greve. Participaram da consulta professores lotados nos campi da UFRGS, da UFCSPA, do IFRS e do IFSul, localizados nos 12 municípios.
O Sindicato dos Técnico-administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS (Assufrgs-Sindicato) também decidiu aderir à paralisação nacional.
5) Justiça do Trabalho
A Justiça do Trabalho da 4ª Região (RS) suspenderá o expediente interno e externo de suas unidades administrativas e judiciárias, de primeiro e segundo grau. Também estão suspensas na data a realização de audiências e sessões e os prazos processuais e regimentais.
6) Comércio
A Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS (Fecosul) convocou os trabalhadores do setor a aderir à greve. O Sindicato dos Empregados do Comércio de Porto Alegre (Sindec) também decidiu aderir.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da Capital classificou como "inoportuna" a mobilização e pediu que as lojas sejam abertas normalmente. A Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV) deu a mesma orientação ao comércio.
Principais manifestações em Porto Alegre
- A partir do fim da manhã, haverá concentração na Esquina Democrática, no Centro, para manifestação com as centrais sindicais no Largo Glênio Peres. Estão previstos cerca de 20 carros de som, dos principais sindicatos, além da distribuição de mais de 100 mil panfletos.
- Às 10h, entidades de classe que representam trabalhadores da Segurança Pública farão ato em frente ao Palácio da Polícia, na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre.