Centrais sindicais e sindicatos de metalúrgicos pretendem atrasar, na manhã desta terça-feira, a entrada de trabalhadores em pelo menos uma hora em 11 montadoras de veículos de vários Estados. O movimento é um preparativo para a paralisação nacional marcada para sexta-feira, dia 28.
A ideia é aproveitar o período de paralisação para expor a visão das centrais sobre a reforma trabalhista e a terceirização.
"A reforma trabalhista que está sendo proposta é altamente prejudicial aos trabalhadores. Ela muda os paradigmas da negociação coletiva, incentiva o trabalho temporário e a 'pejotização', e desvaloriza os salários", diz, em nota, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.
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Nesta terça-feira, promovem o protesto CUT, Força Sindical, CTB, CSP-Conlutas e Intersindical. As fábricas que deverão ter o início das jornadas atrasadas em São Paulo são Scania, Ford, Mercedes-Benz e Volkswagen (São Bernardo do Campo), Toyota (Sorocaba), Volkswagen (São Carlos) e Ford (Taubaté). Em Santa Catarina, a ação será nas fábricas da GM (Joinville) e BMW (Araquari). Também há protestos agendados na unidade da Mercedes-Benz em Juiz de Fora (MG) e da Fiat/Jeep em Goiana (PE).
Na sexta-feira, as oito centrais que organizam a greve geral contra a terceirização e as reformas trabalhista e da Previdência contam com a adesão de metroviários, motoristas de ônibus, metalúrgicos e professores das redes pública e privada.
Pilotos e comissários de voos podem engrossar a lista. Em assembleias na segunda-feira, foi aprovado estado de greve pela categoria em São Paulo, Rio, Porto Alegre, Brasília e Campinas, informa o Sindicato Nacional dos Aeronautas.