Dono do Coliseu e Roma, Sérgio Garcês diz que a legalização dos bingos irá contribuir com a economia do país. Para ele, a regulamentação do setor poderá prevenir hipóteses como o uso das casas de jogos para a lavagem de dinheiro.
Como foi a decisão de recorrer à Justiça?
Já era uma vontade desde 2004, quando o presidente Lula editou a Medida Provisória 168. São anos e anos de muita luta. A Justiça é o segmento que está ajudando o país. Acreditamos e nos apegamos na Justiça. Sempre quisemos voltar ao mercado legalizados.
Quais os projetos agora?
Expansão de filiais. Vamos nos espraiar, gerar emprego, renda e turismo. Queremos fazer um centro de entretenimento.
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Quais os principais argumentos para a liberação dos bingos?
O principal é ajudar o país, que está com os seus maiores índices de desemprego, em crise profunda na economia. Somos uma cadeia de mais ou menos 200 mil empregos diretos. É a principal contribuição que daremos ao país.
Críticos afirmam que os bingos servem para a lavagem de dinheiro do crime. Como controlar isso?
O Brasil tem condições de fiscalizar. Quer maior lavagem que essa Lava-Jato? Agora vai dizer que o bingo, que está gerando emprego, renda e pagando seus impostos, vai lavar dinheiro? Não tem como. Isso pode ser controlado com fiscalização, com a regulamentação do setor. Tem como fazer uma política que não deixe margem para a lavagem de dinheiro.
E quanto ao vício de jogadores que se tornam dependentes do bingo e da máquina caça-níquel? Como resolver?
Ajudando as autoridades, fazer um planejamento com psicólogos. O setor precisa se comportar e ter uma regulamentação, colocar x de tributos para ajudar as pessoas que ficam dependentes, como no tabagismo, no álcool.