O Supremo Tribunal Federal (STF) informou na manhã desta segunda-feira que a documentação das delações de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht será enviada ainda nesta data à Procuradoria-Geral da República (PGR), que irá decidir sobre quais pontos irá pedir investigação.
A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, homologou as delações durante o recesso do Poder Judiciário, período no qual trabalha em regime de plantão despachando casos considerados mais urgentes. Durante o final de semana, Cármen trabalhou em contato com o juiz Márcio Schiefler, braço direito de Teori Zavascki na condução da Lava-Jato na Corte.
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A decisão de Cármen – de fazer ela mesma a homologação – foi feita depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter pedido de urgência na análise e homologação das delações da Odebrecht, colhidas no âmbito da Operação Lava-Jato. Cármen não retirou o sigilo das delações.
Com a homologação, os mais de 800 depoimentos prestados pelos executivos e ex-funcionários da Odebrecht se tornaram válidos juridicamente e podem ser utilizados como prova.
Ao receber o material, os procuradores analisarão o conteúdo das delações e decidirão os pontos que devem ser aprofundados e investigados.
Ainda nesta semana, a ministra deverá decidir quem vai assumir a relatoria dos processos da Lava-Jato no STF.
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