Depois de 19 dias de espera, a árvore que caiu sobre a casa da cuidadora de idosos Vera Suzana Ferreira da Costa, 58 anos, no Bairro Santa Cecília, foi finalmente retirada pela prefeitura de Viamão. A queda aconteceu na noite de 25 de dezembro e marcou o Natal de 2016 de uma forma negativa. As telhas, o forro da sala, o corredor, parte da cozinha e da área de serviço foram destruídos. A situação deixou prejuízos ainda não calculados para Vera.
Após publicação de reportagem pelo Diário Gaúcho em 9 de janeiro, a árvore foi retirada de cima do telhado. Entretanto, o serviço não foi finalizado.
– Deixaram um pedaço da árvore no pátio e foram embora. Perguntei para a equipe se levariam o que sobrou e me responderam grosseiramente que o trabalho deles era só tirar a árvore de cima da casa e que não podiam fazer mais nada – queixa-se Vera.
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Além disso, duas outras árvores ao lado da residência também ameaçam cair. O medo de reviver aquela noite está deixando Vera apreensiva:
– Tem chovido muito neste mês e as árvores são altas. A tendência é de caírem sobre a minha casa também.
Há 52 anos, Vera mora no mesmo endereço e nunca havia passado por uma situação parecida.
Seguindo orientação da prefeitura, a cuidadora de idosos abriu um protocolo no Fala Cidadão pedindo ressarcimento do valor dos bens que perdeu por conta do acidente. Sem previsão de solução, com a casa alagada e permanecendo a maior parte do tempo no quarto – o único cômodo da casa em perfeito estado –, Vera diz que terá que comprar telhas e pagar para refazerem o telhado, pois não pode mais ficar nesta situação.
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Retirada está no cronograma
A prefeitura de Viamão informou que a retirada do tronco que ficou no pátio de Vera já está no cronograma da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Smosp). Ainda não foi realizada porque a Smosp está com o efetivo trabalhando na manutenção das ruas afetadas pelas chuvas das últimas semanas.
Sobre a poda das demais árvores, a orientação é de que a moradora faça um novo pedido via protocolo no Fala Cidadão, telefone 156. Por se tratarem de árvores nativas, será necessária a vistoria e autorização de um biólogo da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Em relação ao protocolo de ressarcimento do prejuízo de Vera, a Procuradoria Geral do Município (PGM) ainda não tem um parecer. Assim que o caso for avaliado, eles entrarão em contato direto com a moradora.