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Crise financeira

Os projetos do pacote de Sartori aprovados pela Assembleia resolvem os problemas do RS?

Dos projetos aprovados, 15 já foram analisados pelos deputados. Medidas pendentes devem ser apreciadas só em janeiro do próximo ano

Marcelo Gonzatto

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Juliana Bublitz

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Nos quatro últimos dias do ano legislativo, os deputados gaúchos dedicaram aos projetos do pacote de contenção de gastos do RS. Das medidas apresentadas, 14 foram aprovadas, uma foi rejeitada e 10 seguem pendentes – e só devem voltar à pauta da Assembleia no final de janeiro do próximo ano.

Entenda se as mudanças dos projetos que já foram aprovados poderão resolver os problemas do RS:

Com os projetos aprovados, o 13º salário dos servidores do Estado será pago em dia?
Não. Segundo o governo, o impacto financeiro das medidas será gradativo, por isso não haverá dinheiro suficiente em caixa para quitar o 13º salário de forma integral até o fim do ano.

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O atraso nos salários dos servidores vai continuar?
Sim. O governo tem até 180 dias para extinguir ou reformular 12 órgãos e demitir 1,2 mil servidores, o que também implicará o custo das rescisões. Quando o processo se completar, a economia prevista (cerca de R$ 140 milhões ao ano) será insuficiente diante do rombo do Estado em um único mês – ao redor de R$ 300 milhões. O pagamento em dia dependerá, em parte, da retomada da economia e do aumento da arrecadação.

Com os cortes, haverá mais PMs nas ruas para melhorar a segurança?
O secretário-geral de Governo, Carlos Búrigo, diz que sim, mas afirma que ainda não pode prever quando nem quantos PMs será possível convocar até o fim do governo.

Há novos investimentos previstos em razão do que já foi aprovado na Assembleia?
Não. Segundo o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, a reestruturação do Estado tem como objetivo "oxigenar o fluxo financeiro" e permitir a retomada de investimentos a partir do reequilíbrio das contas e da volta do crescimento econômico. Mas, até o momento, não há anúncio de novos investimentos vinculados à aprovação do pacote.

Se a PEC que acaba com a exigência de plebiscito for aprovada, o governo vai privatizar a CEEE?
De acordo com o secretário-geral de Governo, Carlos Búrigo, a intenção é "privatizar ou federalizar" a CEEE, a Sulgás e a Companhia Riograndense de Mineração (CRM).


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