Em condições normais, o ano estaria terminado na Assembleia Legislativa a partir da meia-noite desta quinta-feira (22), quando se inicia o recesso parlamentar. No entanto, em meio à votação do pacote do Executivo, deputados da base do governo buscam apoio para invadir o tradicional período de descanso.
"Precisamos de 19 assinaturas para prosseguir com a sessão. Queremos votar todos os projetos", afirma o líder do governo na Assembleia, Gabriel Souza (PMDB).
Deputados do PP, aliados do Piratini, reclamam que a oposição segue utilizando a estratégia de fazer um rodízio de discursos na tribuna, atrasando a apreciação de projetos.
"Eles não deixam a sessão prosseguir. Ficam se repetindo", reclama o deputado Frederico Antunes (PP).
No entanto, até mesmo deputados da base não têm certeza quanto à eficiência da medida. Parlamentares do PMDB chegaram a dizer que não querem ficar após a meia-noite.
Convocação
Como o Piratini não deve vencer a pauta de projetos nesta quinta-feira (22), o governador José Ivo Sartori deve convocar os deputados para sessões na próxima semana, entre o Natal e o Ano Novo. Porém, como o Executivo ainda negocia apoio a alguns textos e não sabe se terá os votos necessários para aprovar algumas matérias, poderá utilizar o Expediente apenas no final de janeiro. Até lá, acordos seriam costurados.
As negociações seguem fortes nos bastidores da Assembleia com os principais secretários do governo Sartori. Desde segunda-feira (19), Cezar Schirmer, Carlos Búrigo e Marcio Biolchi mantêm conversas com deputados, principalmente do PTB e do PDT em busca de apoio para aprovação das PECs, que necessitam de 33 votos.