Apenas 113 candidatos foram chamados para a segunda fase do concurso para salva-vidas temporários da Brigada Militar. O concurso oferta 600 vagas para a Operação Golfinho, e havia 920 inscritos, para águas do mar e internas. O edital das convocações está disponível no site da BM.
Na primeira fase, que ocorreu em Porto Alegre nos dias 24 e 25 de novembro, foram 900 convocados. A abstenção foi de 75%, ou seja, 675 candidatos não foram até a capital gaúcha para realizar os testes. Dos 225 que foram, praticamente a metade – 112 – foram considerados inaptos para o serviço.
A primeira parte das provas era composta por teste de saúde, de aptidão física e de natação. Foram considerados inaptos 64 candidatos no exame médico e odontológico, quatro no de aptidão física e 45 no de natação.
Agora, 99 candidatos foram convocados para realizar o treinamento em Tramandaí, e outros 14 em Rio Grande. Os 113 candidatos serão avaliados a partir desta quarta-feira (7). Eles devem permanecer nos dois municípios até 27 de dezembro.
Mesmo que todos os candidatos que já foram convocados para a segunda fase sejam considerados aprovados, o efetivo ainda enfrentará um déficit de 487 salva-vidas temporários. Os aprovados serão contratados para trabalhar na Operação Golfinho, e receberão salários de R$ 1,3 mil. Eles trabalharão em janeiro, fevereiro e março, em águas internas e litorâneas.
Conforme o Major Carlos Eduardo Silva Dorneles, chefe do recrutamento e seleção da BM, já era esperada a abstenção. Ele afirma que, mesmo que as 600 vagas não sejam preenchidas, não será feita uma nova seleção. O Major aponta, ainda, que cerca de 100 candidatos entraram com recurso. Se forem aceitos, os candidatos farão a primeira fase da seleção e, na sequência, a segunda fase. Isto praticamente dobra o número de concorrentes.
Conforme o Tenente Coronel Marcelo Maya, coordenador da Operação Golfinho no estado, a redução no número de salva-vidas acaba por alterar as ações da operação. Nas 329 guaritas, entre águas litorâneas e de balneários, a previsão era de que cerca de 1,3 mil salva-vidas iriam atender, de maneira ininterrupta. Com a queda no efetivo, alguns locais não terão guaritas permanentes, ou seja, terão horário de fechamento ao meio dia, por exemplo.
A partir da próxima sexta-feira (9), começa o treinamento para os militares que participarão da Operação. Com isso, segundo Maya, a previsão é de que na segunda-feira (12) seja feita uma reunião para discutir onde será reduzido o número de salva-vidas.