Das 166,3 milhões de pessoas em idade de trabalhar (14 anos ou mais) no país, 10,7% estavam desempregadas ou não procuravam emprego no segundo trimestre deste ano.
Conforme o IBGE, o número representa a soma de 11,6 milhões de desocupados e 6,2 milhões que integram a força de trabalho potencial (pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram mas não estavam disponíveis para trabalhar). Esse é o maior percentual de pessoas fora do mercado desde o início da série da Pnad, que teve início em 2012.
Os dados fazem parte dos novos indicadores de desocupação divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE, dentro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-Contínua). Conforme o instituto, os dados mais detalhados têm como objetivo seguir recomendações internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Leia mais
Os desafios para o futuro do Brasil
Brasil perdeu mais de 118 mil vagas formais de emprego em março
Desemprego chega a 10,7% na Região Metropolitana, a maior taxa para março desde 2009
Na prática, são três novos indicadores que passam a fazer parte da amostra. Um é a força de trabalho potencial, que abrange as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram mas não estavam disponíveis para trabalhar. Outro, a subocupação por insuficiência de horas, engloba pessoas ocupadas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar em um período maior para aumentar sua renda.
Além destes, a pesquisa conta com um terceiro indicador, composto das duas taxas anteriores mais a população desocupada, visando medir como um todo a subutilização da força de trabalho.
Taxa de subutilização da força de trabalho
No segundo trimestre do ano, a taxa resultante da subutilização da força de trabalho (que agrega a taxa de desocupação, taxa de desocupação por insuficiência de horas e da força de trabalho potencial) chegou a 20,9% no Brasil.
Isso significa que, do total de pessoas em idade de trabalhar, 13,6% ou 22,7 milhões estavam desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou integravamm a força de trabalho potencial (que não estão procurando emprego).
Redução na jornada de trabalho
No 2º trimestre de 2016, jornada média semanal de horas trabalhadas ficou em 39,1 horas, o que aponta redução de uma hora na jornada média de trabalho das pessoas ocupadas, quando confrontamos com o 2º trimestre de 2012 (40,1 horas).
A distribuição da população ocupada, nos grupos de horas habitualmente trabalhadas em todos os trabalhos, mostrou que 52,5% trabalhavam entre 40 e 44 horas no(s) trabalho(s) que tinha(m) na semana de referência. Para a jornada efetiva, o percentual de trabalhadores neste grupo de horas foi de 49,1%.
Conta própria
No segundo trimestre de 2016, o Brasil contava com 7,5 milhões de trabalhadores por conta própria ou empregadores que possuíam CNPJ. Isso representa 4,4 milhões ou 19,3% dos 22,9 milhões de trabalhadores por conta própria e 3,1 milhões ou 84,2% dos 3,7 milhões de empregadores.