Pelo terceiro ano consecutivo, um dos cartões postais do Rio Grande do Sul – a Praia da Guarita, em Torres – foi alvo de uma ação ambiental que ocorre simultaneamente em mais de cem países: o Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias.
Ao todo, foram recolhidos 45,2 kg de lixo (3.917 itens coletados) neste domingo. Os objetos mais encontrados foram bitucas de cigarro, pedaços de plástico, embalagens de alimento, pedaços de vidro e canudinhos de refrigerante.
Organizado pelo Projeto Praia Limpa Torres, da Associação de Surfistas de Torres, e pelo Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (Gemars), o evento reuniu mais de 300 voluntários.
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– Essa é uma ação mundial, que começou na década de 1980 por iniciativa de uma ONG americana chamada Ocean Conservancy. Começamos em 2014, e estamos muito felizes por repetir a ação neste ano, pela terceira vez. É uma forma de chamar a atenção das pessoas para a necessidade de preservação do meio ambiente – diz Alexis Sanson, coordenador do Projeto Praia Limpa Torres.
As atividades começaram às 9h, com um abraço simbólico à praia, e seguiram até o fim da tarde. Mensagens do ambientalista Paulo França, que é pescador local, foram gravadas na areia, e os participantes percorrem a beira-mar e as dunas para recolher resíduos.
No Centro Integrado Ambiental, que no futuro deve abrigar um museu no parque, também foram realizadas palestas, oficinas e mostras de projetos ambientais de instituições como o Greenpeace de Porto Alegre, a Universidade de Caxias do Sul (UCS) e a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS).
Entre os palestrantes, marcaram presença o biólogo Salvatore Siciliano, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio, o pesquisador Kauê Pelegrini, da UCS, e a bióloga Lara Luztenberger, filha do ambientalista José Lutzenberger, idealizador do Parque Estadual da Guarita.