Quem tem contas para pagar deve ficar atento: a segunda-feira deve ser o último dia de expediente normal antes da paralisação dos bancários. Em todo o Brasil, a categoria vai entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir de terça-feira. Eles reivindicam reajuste salarial de 5% além de reposição da inflação no período (9,57%).
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Representantes dos banqueiros ofereceram reajuste de 6,5% mais abono de R$ 3 mil. O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta. A Contraf (confederação que representa trabalhadores do ramo financeiro) afirmou que a paralisação foi aprovada em assembleias de cerca de 140 sindicatos e federações pelo país, inclusive no RS, realizadas na semana passada.
Em 2015, na última greve nacional dos bancários, a categoria realizou uma paralisação de 21 dias. Na época, os bancários conseguiram um reajuste de 10%, com aumento real de 0,11%.
A categoria também reivindica, entre outros pontos, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 14,78% (5% de aumento real), melhorias na segurança, como "a permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários" e a regulamentação do atendimento remoto.
Durante a paralisação, atendimentos serão realizados apenas em caixas eletrônicos, por meio de centrais de atendimento dos bancos e alguns serviços poderão ser realizados na internet.
Por meio de nota, o presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), Everton Gimenis, disse que "a proposta de abono na mesa de negociação representa um retrocesso para os bancários".Na tarde desta quinta, a categoria realizou uma passeata pelas ruas do centro da Capital. Na próxima segunda-feira, a categoria vai realizar uma assembleia de organização da greve.
*Zero Hora