Mais de 100 amigos e familiares dos irmãos Jeyson e Lucas Wottrich, baleados por um policial militar no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, realizaram uma manifestação na Praça de Encol, em Porto Alegre, na manhã deste sábado. Lucas morreu na hora e Jeyson segue em recuperação no Hospital. A família contesta a versão da polícia. As informações são do blog Caso de Polícia, da Rádio Gaúcha.
No dia 4 de agosto, o PM do Grupamento de Busca e Salvamento disparou oito vezes contra os irmãos e afirmou que os dois iriam assaltá-lo no momento que aguardava por transporte em uma parada de ônibus. Três tiros acertaram Lucas, que morreu no local, e dois atingiram o fígado e o rim de Jeyson.
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O delegado Moacir Fermino, da Polícia Civil de Novo Hamburgo, ainda aguarda pelo depoimento de Jeyson. Apesar de ser considerado uma peça chave para confrontar as duas versões, o jovem segue sendo considerado suspeito, mas não está mais sob custódia. Fermino não está se manifestando enquanto não conversar com Jeyson e não receber resultado de exames periciais.
De acordo com o brigadiano que atua no Grupamento de Busca e Salvamento da Capital, no dia da ocorrência ele estava em uma parada de ônibus e os dois irmãos tentaram assaltá-lo. Um oficial da BM informou que estaria sendo apurado ainda o fato dos jovens terem subtraído uma mochila do PM. Já a Corregedoria aguarda o parecer da polícia para decidir se vai apurar a conduta do brigadiano. A família ressalta que os dois nunca assaltaram ninguém, que Lucas levou tiros pelas costas e que ambos não estavam armados. Segundo Cristiane Moro, os Wottrich querem saber onde está essa mochila e, se ela existe, quem a retirou do local do crime.