Os jurados do Tribunal do Júri absolveram, na manhã desta terça-feira, o suspeito de ser o autor do 18º homicídio de 2015. Ailton Silva Vieira, 35 anos, assumiu ter efetuado as facadas que tiraram a vida de José Claudiomiro da Silva, 44 anos, e feriram André Luis dos Santos Ferreira, 35, no dia 12 de abril do ano passado, na Rua 3, na Vila Maringá, na região centro-leste da cidade. No entanto, ele alegou legítima defesa. O próprio Ministério Público, que acusou Vieira, pediu a sua absolvição por falta de provas mais consistentes.
Conforme a denúncia da época do crime, por volta das 19h daquele dia, Silva e Ferreira estavam bebendo em um bar, e quando voltavam para casa teriam sido surpreendidos por Vieira, que, inclusive, era amigo das vítimas. O acusado se defendeu dizendo que estava andando de bicicleta e parou para conversar com os dois amigos, momento em que eles passaram a atacá-lo. Logo após, Vieira teria conseguido tirar a faca de um deles, e golpeá-los.
O réu estava preso preventivamente desde o dia 17 de abril do ano passado, e saiu em liberdade logo após o julgamento. Juliano Ruschel, da Defensoria Pública, que atuou na defesa de Vieira, comemorou a decisão.
– A prova estava complicada, era só a palavra da vítima contra a do réu. Ele estava preso há mais de um ano, com uma prova fraca dessas era para estar solto há muito tempo. Nem sempre quem senta no banco dos réus merece uma condenação. Agora esse rapaz, depois de todo esse tempo, vai poder retornar ao convívio da família – afirma Ruschel.
Após a decisão dos jurados, o juiz Ulysses Fonseca Louzada, titular da 1ª Vara Criminal e que comandou o julgamento, deu a sentença de absolvição.