Caxias do Sul tem 113 áreas consideradas de sub-habitação que reúnem 12 mil pessoas. O número representa 2,5% da população. Regiões desse tipo reúnem população de baixa renda e não costumam ter infraestrutura mínima, como redes de água e esgoto.
Conforme o secretário da Habitação, Giovani Fontana, o número de núcleos não sofreu alteração nos últimos anos. Em compensação, o tamanho das áreas aumentou. Na avaliação do secretário, Caxias sofre um impacto maior porque a cidade é destino de pessoas em busca de novas oportunidades, mesmo que isso tenha diminuído nos últimos anos devido à crise econômica. O aumento ocorre muitas vezes porque os novos imigrantes têm parentes que já vivem nessas áreas ou se instalam em casas que foram repassadas por outras pessoas. A maior parte desses núcleos fica na periferia da cidade.
Segundo o secretário, em casos de risco, como a Vila Sapo, no bairro Serrano, a solução seria a retirada das famílias das áreas. Parte das pessoas que viviam naquela região já foram removidas, mas cerca de 30 a 40 famílias não querem sair. Em outros casos, o município encaminha a regularização, como ocorreu com o Euzébio Beltrão de Queiroz e o bairro Jardelino Ramos.
A solução para todas as área, no entanto, é demorada e, segundo o secretário, não é um problema que será resolvido em uma ou duas gestões. Além disso, se todos os loteamentos irregulares forem considerados, o número chega a 220. Alguns, porém, já contam com infraestrutura e condições adequadas de moradia, mas o parcelamento do solo não atendeu a todas as exigências da legislação, como destinação de áreas públicas.