O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu neste sábado aos países ricos do G20 que aumente o gasto público para acelerar a economia mundial, confrontada com novos riscos como o Brexit e atentados.
"O crescimento mundial continua sendo frágil, e os riscos de recaídas se tornaram mais proeminentes", advertiu o FMI antes do início, em Chengdu (sudoeste da China), de uma reunião de dois dias dos ministros das Finanças e diretores de bancos centrais de G20, uma instância que reúne as principais potências industrializadas e emergentes.
"O crescimento pode ser, inclusive, menor, se persistirem as incertezas econômicas e provocadas pelo Brexit", especifica o relatório em referência à decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (UE).
O FMI reduziu na semana passada suas previsões de crescimento do PIB mundial, a 3,1% em 2016 e 3,4% em 2017, em ambos os casos um décimo a menos que em suas projeções anteriores.
A instituição pede em particular aos países com economias avançadas, como Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Austrália, que orientem mais fundos públicos para obras de infraestruturas, assunto que causa divisões no G20.
A receita que preconiza gastos vai de encontro à que prevê austeridade, usual em momentos de crise. O FMI pede incremento nos gastos para ativar a economia.