Diante do pedido dos governos regionais por recursos, o Tesouro Nacional colocou à mesa uma proposta de conceder crédito adicional a Estados com "melhores condições fiscais", disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, um dos presentes à reunião que trata sobre a situação dos governos estaduais. O encontros de governadores ocorreu nesta segunda-feira, 20, na residência oficial do governo do Distrito Federal.
Segundo relatos, porém, o Tesouro não especificou quais valores seriam disponibilizados para a operação. Mais cedo, ao chegar para o encontro, o vice-governador da Bahia, João Leão, disse que os Estados "querem dinheiro". Para ele, o decreto de calamidade pública do Rio de Janeiro publicado na última sexta-feira (20) "puxou a corda", o que geraria pedidos de outros governos regionais.
"Dinheiro para os Estados, essa é a prioridade absoluta. O Rio de Janeiro puxou a corda e nós vamos atrás", afirmou. "Não precisa ser (um socorro) igual, mas queremos recursos para que o Estado caminhe para o desenvolvimento", completou.
Esse ponto da proposta foi bem recebido por alguns representantes dos governos regionais. A avaliação é de que o crédito adicional poderá destravar investimentos. Os recursos extras, porém, não devem beneficiar Estados já acima de seu limite de endividamento.
O socorro ao Rio de Janeiro, por sua vez, foi o primeiro item da pauta da reunião dos Estados com a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi. O governo explicou as razões de tratar a questão em separado e confirmou o repasse de R$ 3 bilhões ao estado fluminense.
Quatorze governadores e quatro vice-governadores estiveram presentes na residência oficial do governo do Distrito Federal, para discutir a renegociação da dívida dos Estados com a União.