O indicado à presidência do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou nesta terça-feira, que, à frente da instituição, retribuirá confiança depositada em sua indicação atingindo meta de inflação. Segundo ele, a manutenção de nível baixo e estável de inflação reduz incertezas e torna a sociedade mais justa.
Em sua fala inicial na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Ilan agradeceu a indicação feita pelo presidente em exercício Michel Temer e disse que retorno ao serviço público tem significado especial.
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– O retorno é excelente oportunidade para, no momento que o país mais necessita, devolver o investimento que a sociedade depositou em mim – disse.
Ilan afirmou se sentir gratificado a voltar a ser sabatinado após 16 anos, já que foi diretor do BC entre 2000 e 2003, quando ajudou a implementar o sistema de metas. Ele disse que o Brasil conta com um "robusto arcabouço" de instrumentos econômicos e que vai mirar o centro da meta.
– Bandas de tolerância servem para acomodar choques – afirmou.
Ilan assumiu o compromissos de manter e aprimorar o rigor do BC. Ele disse que o sistema financeiro está solido, líquido e bem capitalizado. Afirmou ainda que é imprescindível manter e aprimorar a autonomia do BC.
Na apresentação de Ilan, a presidente da CAE do Senado, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ressaltou que o momento é "adverso". A parlamentar citou as dificuldades no âmbito da economia e também da política, em meio à definição do desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
– Na condição de presidenta desta comissão, não poderia deixar de registrar responsabilidade de votar a indicação do senhor Ilan para presidente do Banco Central – afirmou Gleisi na abertura da sessão.
Mais cedo, a senadora adiantou que o nome de Ilan Goldfajn deve ser aprovado pela comissão, mas não de forma unânime.