A desocupação do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), na manhã desta sexta-feira, possibilitou um avanço na negociação entre o comando de greve do Cpers e o governo do Estado. Em uma reunião na Secretaria da Educação (Seduc), o titular da pasta, Luís Antônio Alcoba de Freitas, apresentou uma proposta para a categoria retomar as aulas.
O documento elaborado pelo Executivo inclui a revogação de uma portaria para instalação da comissão que faria a análise dos critérios de concessão de adicional por difícil acesso. Para que não haja desconto nos contracheques por dias parados, a Seduc solicitou a elaboração de um calendário e seu cumprimento.
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– Apresentamos uma pauta concreta, aquilo que poderíamos atender. Estamos sendo bem realistas. A questão financeira, não temos como atender – salienta Alcoba, citando que a "situação é difícil".
A proposta do governo será enviada à categoria e, na segunda-feira, debatida no comando de greve. Se os professores sinalizarem positivamente, a direção do sindicato convocará uma assembleia, responsável por decretar o início e o fim de uma greve.
– O reajuste salarial não está na proposta. O governo deveria sinalizar quando, de que forma e quanto (pagará) – afirma a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.
Em relação ao PL 44/2016, visto pela categoria como uma tentativa de privatizar serviços públicos, incluindo o ensino, não houve mudança. O governo garantiu o mesmo que aos estudantes que ocuparam a Assembleia Legislativa – prolongamento da discussão e votação apenas no ano que vem.