O ministro da Defesa, Raul Jungmann, visitou nesta sexta-feira uma das áreas de fronteira abrangidas pela Operação Ágata 11, em Foz do Iguaçu, no Paraná. A operação se propõe a integrar os ministérios da Defesa, Justiça, Fazenda e órgãos federais, estaduais e municipais, na maior mobilização já realizada para combater crimes na fronteira do Oiapoque ao Chuí, por terra, ar e água.
Desde a segunda-feira, as ações têm ocorrido diariamente em pontos estratégicos de alto fluxo de veículos e pedestres. A operação não tem previsão de término.
Na primeira semana de fiscalização, foram apreendidos itens que ultrapassam a soma de R$ 105 mil. Entre eles: drogas (cocaína e maconha), armamentos (220 munições, 10 pistolas, dois revólveres), materiais de uso controlado e ainda 80 produtos contrabandeados e 17 metros cúbicos de madeira.
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Também foram vistoriados 1.967 veículos leves, 905 motocicletas, 114 caminhões, 230 ônibus e vans, e 1.327 pedestres, com a utilização, inclusive, de cães farejadores. Foram presas seis pessoas por porte ilegal de arma.
A operação ocorre às vésperas dos Jogos Olímpicos Rio 2016, como forma de aumentar a segurança nas fronteiras do país, de Roraima ao Rio Grande do Sul. Para Jungmann, a Operação Ágata é fundamental para combater o tráfico, representando uma melhora nas condições de segurança do Brasil.
– Liliana Ayalde, embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, disse que até o presente momento o serviço de inteligência dos Estados Unidos não identifica nenhuma ameaça em curso no Brasil. Destacou ainda que a colaboração entre a inteligência americana e a defesa brasileira têm ocorrido perfeitamente – afirma o ministro.
Jungmann destaca ainda o o fato de que, pela primeira vez, a Olimpíada no Brasil irá contar com um Centro Internacional de Inteligência, envolvendo 100 países que estarão alocados Rio, focados na manutenção da segurança durante os jogos.