A Justiça repassou R$ 34 mil ao Hospital Santo Antônio, de São Francisco de Assis, na Região Central, para ser investido na ala de internação clínica do Sistema Único de Saúde (SUS).
No dia 11 de maio, a instituição suspendeu os curativos feitos e os medicamentos ambulatoriais fornecidos via SUS. O motivo é a dívida do Estado com o hospital, que chega até R$ 817.828,10.
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O hospital atende, por mês, cerca de 4 mil pacientes via SUS e todos foram prejudicados. A falta de repasses do Estado, que começou em novembro de 2014, já obrigou o hospital a reduzir o número de leitos disponíveis. Caiu de 64 para 60. Desses, 45 são SUS. Entre os atendimentos feitos, estão especialidades de obstetrícia, cirúrgica, pediátrica, médica e psiquiátrica, sendo que as internações chegam até 120 por mês.
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O contrato firmado com o Estado determina que sejam repassados, mensalmente, R$ 223 mil. O atraso do pagamento remete a 2014, sendo que diferentes percentuais mensais do recurso já foram pagos. Não houve nenhum pagamento entre janeiro e abril deste ano. Fazem parte do quadro funcional 109 profissionais, sendo que, desses, 15 são médicos. O salários deles está atrasado. Também estão atrasados os pagamentos para fornecedores.
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A situação obrigou o hospital a contrair um financiamento em novembro de 2015 e firmar um contrato com a prefeitura, que agora repassa R$ 130 mil mensais e mantém uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) funcionando. De acordo com a responsável pelo faturamento no setor administrativo do hospital, Andriele Bianchini, esses repasses, mais a ajuda da comunidade, são o que mantém a instituição operando.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) sinaliza com a quitação dos débitos, mas não aponta uma data. Andriele duvida que isso aconteça, tendo como base os “diversos contatos que já foram feitos com a pasta”.