Uma bomba de fabricação caseira explodiu na manhã desta quinta-feira, em frente à revenda de carros Iesa, na Rótula do Papa, em Porto Alegre.
Por volta das 10h, duas funcionárias limpavam a calçada, quando uma delas tocou com a vassoura em um saco preto, que explodiu. Dentro, uma garrafa PET de dois com líquido amarelado, possivelmente gasolina, conectado a um detonador, espécie de bateria elétrica.
O artefato não feriu as mulheres, mas uma delas, assustada com o estrondo, correu e caiu ao chão, machucando o quadril. Ela foi medicada no Hospital de Pronto Socorro. A explosão produziu fumaça preta e labaredas que queimaram parte do jardim em frente à concessionária e chamuscou um dos pilares da fachada. Quase ao lado estavam carros estacionados, mas não foram atingidos. Empregados da loja controlaram o fogo com extintores.
Peritos do Grupo de Ações Táticas Especiais da Brigada Militar foram chamados para retirar o que sobrou da bomba. Havia suspeita de que poderia ocorrer uma segunda explosão, o que não ocorreu.
Conforme avaliou o delegado César Carrion, da 2ª delegacia da Polícia Civil na Capital, a bomba teria sido montada por alguém com experiência em eletrônica.
– É preciso investigar o motivo para que a bomba estava no local. Funcionários da loja disseram não haver nenhum problema recente, com clientes ou fornecedores, que poderia causar represália _ afirmou Carrion.
De acordo com o comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Kleber Goulart, a bomba não aparentava potencial para explodir um caixa eletrônico, por exemplo, mas, certamente, poderia causar danos graves a uma pessoa.
A gerência da Iesa evitou falar sobre o assunto. O episódio não interrompeu o atendimento na loja nem causou transtornos ao trânsito.
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* Zero Hora