A expectativa de integrantes da comissão especial do impeachment no Senado é de que a votação desta sexta-feira, que decidirá sobre a admissibilidade do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff seja concluída por volta das 15h. A abertura da sessão que irá votar o parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do processo, está marcada para as 10h.
Nesta quarta-feira, a comissão deu início à discussão do parecer, depois da apresentação da defesa da presidente, feita pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Anastasia fundamentou seu parecer favorável ao impeachment.
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Na sessão de sexta-feira, apenas os 23 líderes de partidos e blocos partidários terão o direito à palavra, num intervalo de 10 minutos. Ao final, os 21 senadores da comissão apresentarão o seu voto aberta e individualmente. Ainda não há uma decisão fechada da assessoria legislativa. A avaliação no Senado é de que a sessão seja bem rápida, mas todo o trâmite ficará sujeito a mudanças do presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB). A tendência é que haja uma série de questionamentos antes da apreciação do mérito.
Depois de todos os apartes, Lira chamará um a um os 16 líderes partidários e os sete líderes de blocos. Cada um deles terá 5 minutos para fazer o encaminhamento de voto das respectivas bancadas que lideram. A previsão máxima desses pronunciamentos é de uma hora e meia. São 11 partidos com assento no colegiado, podendo ser ampliado, a critério do presidente da comissão, para os líderes dos partidos no Senado (são 16 partidos com representantes na Casa).
Em seguida, o presidente da comissão chamará os 21 senadores titulares da comissão para proferir seu voto. Como a reunião vai ocorrer na sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), os senadores devem votar por meio do painel eletrônico ao mesmo tempo. Votam os titulares e, se houver falta de algum dos senadores, convoca-se os suplentes dos respectivos blocos partidários. O presidente só vota em caso de empate. Se for aprovado na comissão, o processo vai a votação no plenário do Senado na próxima quarta-feira.