Parece que não é apenas a política que passa por um momento de instabilidade no país. Pelo menos em Santa Maria, os preços dos combustíveis vivem em uma verdadeira gangorra. Em relação ao mês de março, a gasolina teve redução dos valores, em média, de R$ 0,05, e o etanol de impressionantes R$ 0,35.
Em pesquisa realizada pelo Diário em abril, 11 dos 25 pontos pesquisados o preço da gasolina havia aumentado em relação a março. Agora, em maio, 15 deles baixaram e apenas um teve aumento. A maior redução de valor foi de R$ 0,16, e no único posto em que a gasolina ficou mais cara, o acréscimo foi de R$ 0,13. Em média, a baixa nas bombas é de R$ 0,05 nos 15 postos que reduziram os preços. Se comparado com abril e levando em conta o preço médio nos 25 postos pesquisados, o combustível ficou R$ 0,02 mais barato, com o preço médio de R$ 3,930 agora contra R$ 3,955 no mês passado. O local com a gasolina mais barata vende o produto por R$ 3,798.
Para quem usa etanol, a variação é ainda maior. Dos 25 postos pesquisados, 17 deles tiveram baixa, cinco mantiveram o mesmo preço e nenhum aumentou. Três dos estabelecimentos pesquisados não vendem o combustível. A maior redução chegou a R$ 0,60 no litro. Considerando todos os locais que tiveram diminuição no valor, a média chega a quase R$ 0,35. No entanto, o preço médio do etanol na cidade não caiu tanto em relação ao mês de abril. No mês anterior, o preço do litro saía, em média, por R$ 3,847 e, agora, R$ 3,579, ou R$ 0,26 a menos. O etanol mais barato pode ser encontrado em dois postos por R$ 3,399.
Já em abril havia a expectativa de que houvesse esse abatimento por conta da safra da cana-de-açúcar e foi justamente o que aconteceu. Com a maior oferta de etanol, que é comprado em lotes pelas distribuidoras, o preço fica mais barato e é repassado às bombas. A gasolina também acaba sendo impactada porque é composta por 27,5% de álcool.
– Nesses últimos 25 dias o preço bem baixando por causa da entrada da safra da cana-de-açúcar. Entrou bastante cana, o tempo está bom para colher, a produção está boa. É uma situação de mercado, no começo estava melhor exportar como açúcar do que fazer o álcool, por isso estava mais caro – explica o gerente comercial da Distribuidora Santa Lúcia, Claudio Tavares.
A tendência é que, nos próximos três meses, os valores fiquem estabilizados.