As obras da nova ponte do Guaíba foram paralisadas nesta segunda-feira. O Consórcio Ponte do Guaíba demitirá ao menos 300 trabalhadores até a terça-feira. As informações são do blog Estamos em Obras, da Rádio Gaúcha.
Apenas 10 operários – que farão a limpeza do canteiro, arrumarão o entorno da freeway e melhorarão a sinalização da obra – poderão permanecer. No entanto, deverão ser dispensados no fim do mês. Além disso, outros 20 técnicos e engenheiros serão colocados em férias. Não há previsão para a retomada dos trabalhos.
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A obra sofre nova paralisação devido à falta de recursos. O orçamento previsto para a nova ponte, para todo o ano de 2016, é de R$ 65 milhões. A dívida do que já foi executado entre janeiro abril, mas ainda não foi pago, chega a R$ 50 milhões. Para conseguir mais dinheiro para a travessia, é necessário um decreto presidencial que libere, no máximo, mais R$ 19 milhões. Outra alternativa seria um remanejo do orçamento da União, que precisa ser aprovado pelo Congresso.
Em novembro do ano passado, 200 operários já haviam sido demitidos. Já em fevereiro de 2016, foi registrada greve de funcionários que trabalhavam direta ou indiretamente nos canteiros de obra da nova ponte.
Além da dificuldade financeira, a União precisa concluir o reassentamento das 998 famílias atingidas diretamente. Dos três terrenos que receberão as novas casas, apenas um já foi adquirido pelo Dnit e liberado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). A área está localizada na Rua Ernesto Neugebauer, na zona norte de Porto Alegre. Nesse endereço, está prevista a construção de aproximadamente 150 casas das Vilas Tio Zeca e Areia.
O Dnit ainda precisa adquirir outros dois terrenos. Um deles, na região das ilhas, abrigará 500 famílias. A outra área fica nas proximidades das ruas Dona Teodora e Voluntários da Pátria.
Aproximadamente 35% da obra, que começou em outubro de 2014, foi concluída. A estimativa de inauguração da nova ponte apontava para outubro de 2017.
