O frio chegou antes, os dias cinzentos tem sido bem mais frequentes do que o aparecer do sol e o cesto de roupas fica cada vez mais cheios. Com este cenário, restam poucas opções se não recorrer as lavanderias. Nas oito emprestas especializadas em lavagem pesquisadas pelo Diário, cinco delas aumentaram o preço em relação ao ano passado. Os aumentos não chegam a ser tão significativos, não passam dos R$ 5. Em um ano com aumentos de impostos os primeiros meses de 2016 foram de retração na procura pelo serviço. No entanto, a chegada antecipada do frio e a previsão de um inverno mais rigoroso e com mais chuvas que em 2015, a expectativa é que haja um aumento de até 15% na procura.
– O gasto está maior até para nós. Com o frio a procura foi maior por lavagem de cobertas e casacos, mas agora, com as chuvas, esperamos que haja um aumento de 10% a 15% – afirma Aida Machado, proprietária da Lavanderia Vitória.
– O inverno sempre é a safra da lavanderia. O movimento começa a aumentar a partir de maio, com picos de junho até agosto, e depois começa a declinar de novo. Esse ano, como foi bastante atípico por causa da umidade, tem aparecido muita roupa mofada. Muita gente tem trazido roupas que foram guardadas limpas, e que estava com cheiro de mofo. Isso é normal, mas este ano foi bem mais em relação aos outros – exemplifica o proprietário da Bambulav Lavanderia, Ronaldo Carvalho.
Na maioria das lavanderias os primeiros três meses do ano registraram grande redução na busca pelas lavagens e fez com que algumas até tivessem que demitir funcionários. Com a chegada antecipada do frio, já na metade de abril, a demanda aumentou bastante, principalmente para lavagem de cobertores, edredons e casacos mais pesados.
– Estava bem parado, caiu bastante o movimento e tivemos até que demitir alguns funcionários. Com esses últimos frios aumentou muito e readmitimos os funcionários. A procura pela lavagem por quilo tem sido pequena, o que mais está sendo procurado é para lavar cobertores e casacos – explica Marlene Santos, supervisora da Lavagem Cabistani.
Se por um lado em alguns estabelecimentos houve queda nos serviços, em outros a procura tem sido mais constante e já se podem considerar clientes fiéis. Um dos fatores levados em conta é o preço dos equipamentos como lavadoras e secadoras e o gasto com energia, o que acaba tornando o serviço atrativo.
– Tem aumentado o número de clientes fiéis, que semanalmente vêm até a lavanderia para lavar suas roupas. Era um hábito que os santa-marienses não tinham tanto e tem aumentado. Os equipamentos domésticos não são tão eficientes quanto os nossos, industriais, n oque diz respeito ao consumo de energia. E quando as pessoas fazem os cálculos, percebem que além do gasto com energia e produtos, perdem o tempo em que poderia estar fazendo outras coisas. O custo benefício vale a pena – avalia Carvalho.