A defesa de Eliseu Gomes sustentou, durante o julgamento da morte de Eliseu Santos, que o seu cliente não tinha motivos para matar o ex-secretário. O réu admitiu que estava no local do crime na noite de 26 de fevereiro de 2010 roubando pneus e que foi baleado nas duas pernas durante o tiroteio que causou a morte da vítima.
Para o defensor público Álvaro Antanavicius, não há sentido em afirmar que Gomes teria sido contratado para matar o ex-secretário, sendo que ele, o réu, não tinha relação alguma com a empresa de vigilância Reação.
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O advogado lembrou ainda que havia 431 funcionários aptos e treinados a usar armas de fogo, pessoas essas a quem o dono da empresa poderia recorrer para cometer o crime. Citou também que o seu cliente era inexperiente com uso de armas.
Após explanação do seu defensor, o réu Eliseu Gomes também deixou o plenário, seguindo o que fez o acusado Fernando Junior Treib Krol.
Mais cedo, o advogado de Krol, Eledir Amorim Porto, defendeu que seu cliente não participou do crime. No entanto, como alternativa, caso o júri o considere culpado, que o enquadre em participação de crime menos grave, o roubo patrimonial.
O julgamento do caso começou na manhã de quinta-feira e deve se encerrar somente na noite desta sexta-feira. Nesta noite, segue o debate entre acusação e defesa e, na sequência, jurados terão de responder a um questionário e decidir se culpam ou absolvem os réus.
O assassinato de Eliseu Santos aconteceu na noite de 26 de fevereiro de 2010, no bairro Floresta, na Capital. O médico estava acompanhado da mulher e da filha e foi abordado no momento em que entrava no carro, ao sair de um culto religioso.
A Polícia Civil concluiu que o crime se tratava de um latrocínio. No entanto, o Ministério Público entendeu que o ex-secretário fora vítima de um complô para matá-lo. Os diferentes entendimentos causaram polêmica entre as duas instituições.