O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão de 30 pessoas no principal inquérito da Operação Lava-Jato, entre elas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, três ministros do governo Dilma Rousseff, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de parlamentares do PMDB, entre outros acusados.
A petição chegou ao Supremo no dia 28 de abril, mas só foi tornada pública nesta terça-feira. Janot fez o pedido ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava-Jato na Corte.
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Ao pedir a inclusão de novos envolvidos no inquérito, que está em andamento desde o ano passado, Janot sustenta que houve um aprofundamento nas investigações. As acusações estão baseadas, principalmente, nas afirmações feitas pelo senador sem partido Delcídio Amaral (MS) nos acordos de delação premiada.
Edinho Silva
Em nota, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, afirmou que a campanha presidencial de Dilma em 2014 foi conduzida "de maneira ética e dentro da legalidade".
"Todas as doações foram devidamente registradas na prestação de contas, aprovada por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral", informou a assessoria de imprensa do ministro.
Jaques Wagner
O ministro da Chefia de Gabinete da Presidência, Jaques Wagner, disse que não conhece o "conteúdo e as razões" do pedido de inclusão do seu nome no inquérito, e que por isso "não poderá se posicionar" sobre as investigações.
"O ministro está seguro sobre suas atividades sempre motivadas pelo interesse público. Ele está tranquilo e não acredita na aceitação definitiva do seu nome no processo", informou a assessoria de imprensa de Wagner, por meio de nota. O ministro disse ainda que vai aguardar o resultado definitivo das investigações e que está à disposição das autoridades.