Há mais de uma semana, moradores de diversos bairros da Capital estão reclamando do cheiro e do gosto da água. Alguns dizem que está com cheiro e gosto de mofo, outros que parece ferrugem. E há quem perceba até mesmo no ar o mau cheiro. Outros dizem que as roupas lavadas com água da torneira ficam malcheirosas e que não é possível beber por conta do gosto ruim. Veja no quadro que está no fim da matéria queixas de leitores que chegaram no Facebook do Diário Gaúcho.
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) reconheceu a alteração na semana passada e, na tarde desta segunda-feira, o diretor-geral da companhia, Antônio Elisandro de Oliveira, explicou ao Diário Gaúcho que foram realizadas no final de semana duas ações relativas ao tratamento da água:
– Reforçamos a dosagem do dióxido de cloro para desinfecção da água bruta, quando é captada do Guaíba. Ele tem capacidade de remover elementos que possam estar causando alterações de cheiro e de gosto. Também usamos carvão ativado. Os dois podem remover algas, por exemplo, mas elas não foram localizadas desta vez.
Na avaliação do auxiliar de inventário Nícolas Mossi de Oliveira, 28 anos, que mora no Bairro Sarandi, a água está com gosto de mofo.
– Todo bairro está assim. Estou pegando água na chácara do meu pai, em Viamão, para beber. Quando passo pelo Guaíba, sinto o mesmo cheiro (que vem da torneira de casa) – relata.
Antônio destaca que a reclamação maior veio de moradores da Zona Norte, embora explique que a água distribuída lá e em outras regiões da Capital é captada no mesmo local. O diretor-geral do Dmae garante que todas as análises relativas à qualidade da água comprovam que ela tem qualidade e pode ser consumida com segurança, apesar do gosto e cheiro ruins. Está dentro dos padrões do Ministério da Saúde.
A situação deve permanecer na próxima semana porque é preciso que a água que já está nos reservatórios seja consumida para que a nova, com os tratamentos, chegue.