O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu, nesta segunda-feira, que divergências quanto à escolha do relator da comissão especial do impeachment devem ser resolvidas entre os membros da comissão, além de dar outras sinalizações de que não irá interferir nas decisões do colegiado.
– Essa decisão é da economia interna da comissão. Os líderes indicaram os nomes e eles devem conversar sobre quem será o presidente e quem será o relator – disse.
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Os governistas estão insatisfeitos com a indicação de Antonio Anastasia (PSDB-MG) para a relatoria do processo e pretendem questionar em plenário a escolha feita pelos membros da oposição, que formam o segundo maior bloco partidário do Senado. Na semana passada, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) considerou, inclusive, a possibilidade de levar a questão à Justiça.
Outra divergência entre os senadores é quanto aos prazos. Enquanto governistas defendem que o rito se cumpra em dias úteis, na tentativa de acelerar o processo, a oposição quer que as datas sejam contadas em dias corridos.
Renan, que até a última semana defendia que todos os prazos do Senado são contados em dias úteis, também afirmou que esta é uma decisão que caberá à comissão.
*Estadão Conteúdo