Presidente licenciado do PSD e ministro das Cidades, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab afirmou nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, que seu partido "continua firme" apoiando a presidente Dilma Rousseff (PT).
– O PSD continua firme. Nós ajudamos a eleger esse governo e estamos nos esforçando para que seja um bom governo. Todos sabem das dificuldades no campo da economia, mas estamos firmes e solidários à presidente – afirmou.
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Para Kassab, não há motivo para o impeachment de Dilma.
– Não tenho visto nada que chegue até a presidente. Eu acho que não existe motivo para impeachment, nada chega à presidente daquelas coisas que eu não quero nem entrar no mérito – afirmou. – O Poder Judiciário existe para que faça suas operações, para que puna aqueles que cometeram crimes e também deixe claro aqueles que estão sendo injustiçados por falsas alegações – completou.
Sobre a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento à Polícia Federal, na última sexta-feira em São Paulo, Kassab criticou a decisão do juiz Sergio Moro.
– O ex-presidente Lula já tinha se colocado à disposição da polícia com seus depoimentos. Acontecendo isso, acho que não teria nenhum sentido (a condução coercitiva). Aliás, os próprios ministros do Supremo Tribunal Federal, em suas manifestações de ontem e hoje, tiveram esse entendimento também – completou.
Na eleição municipal de outubro, Kassab afirmou que não vai interferir na escolha que fizer o diretório municipal do PSD. Aliado do PMDB nos âmbitos estadual e municipal, o PSD está dividido entre manter a aliança e apoiar o candidato peemedebista (provavelmente o atual secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho Teixeira) ou lançar candidato próprio (o deputado federal Índio da Costa quer ser o candidato).
– É legítimo o partido ter candidatura própria. Nós temos no Rio uma aliança muito consolidada com o PMDB. Existem alguns que defendem a aliança; outros, como o Índio, defendem candidatura própria. A direção nacional dá autonomia. A gente pode, sempre que solicitado, dar opinião, mas não interferir. Exteriorizar uma posição seria quase estar interferindo no processo. Eu tenho certeza de que os dois lados vão se entender – afirmou.
Kassab esteve no Rio para visitar obras do Veículo Leve sobre Trilhos e da Linha 4 do metrô, nas quais uma das fontes de verbas é o governo federal por meio do Ministério das Cidades.