O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que a maioria dos votos do Superior Tribunal Federal (STF) pela manutenção do rito de impeachment representa "derrota da oposição". Guimarães afirmou que a decisão já estava definida desde o final do ano passado e que o governo anseia superar o processo de impedimento de Dilma Rousseff.
– Estamos prontos para dançar qualquer música na Casa – declarou.
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– O Supremo está fazendo aquilo que tinha que ser feito, é uma derrota da oposição, que vai quase todo dia ao STF para fazer pressão. A comissão do impeachment ainda não foi instalada porque a oposição não deixou, junto com Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O Supremo está agindo no mais absoluto rigor naquilo que diz a Constituição. Estamos preparados para começar esse processo e derrotar os golpistas aqui dentro – disse o líder.
A votação do STF segue em andamento, porém já tem maioria formada para negar provimento do recurso do presidente da Câmara. Sete ministros votaram para manter, na integralidade, o acórdão do julgamento da ação, cuja decisão foi proferida em dezembro do ano passado. Até agora, dois ministros discordaram da maioria.
Luís Roberto Barroso, relator do caso, votou contra os três pontos apresentados por Cunha. Ele foi acompanhado por Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux, Teori Zavascki, Cármen Lúcia e Marco Aurélio. O parlamentar questiona a proibição da chapa avulsa, do voto secreto e a autonomia do Senado no processo.
Dias Toffoli, no entanto, votou a favor de Cunha para reformar o acórdão do julgamento; Gilmar Mendes indicou que acompanharia Toffoli antes mesmo de proferir o voto. Neste momento, Celso de Mello começa a votar no STF. Depois, faltará apenas Ricardo Lewandowski.
*Estadão Conteúdo