Após determinação judicial, o valor da passagem de ônibus retornou ao valor de R$ 3,25 nesta quinta-feira. Os lotações voltaram a cobrar R$ 4,85. A prefeitura havia entrado com recurso, alegando não haver ilegalidade nos trâmites realizados, mas teve seu pedido negado na madrugada desta quinta-feira. Com isso, desde as primeiras viagens da manhã, os usuários estão pagando a tarifa antiga, e não mais R$ 3,75 (ônibus) e R$ 5,60 (lotações) que passaram a ser cobrados desde segunda-feira.
Como não há tempo hábil para modificar os validadores das catracas dos mais de 2 mil veículos da frota, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informa que, já a partir das primeiras viagens, em dinheiro, será cobrado o valor de R$ 3,25 nos ônibus e R$ 4,85 nas lotações.
Porém, quem utilizar o cartão TRI, será debitado R$ 3,75 e R$ 5,60, respectivamente. Isso somente para quem recarregou depois da atualização da tarifa. Em até cinco dias, será creditado a diferença no mesmo cartão.
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– Estamos montando uma grande operação para atender a demanda judicial no dia de hoje, com agentes em todas as garagens das empresas de ônibus e nas avenidas para alertar sobre as novas medidas. De qualquer forma, serão poucos passageiros que pagarão R$ 3,75 e R$ 5,60, porque todos aqueles que colocaram créditos antes do dia 20 de fevereiro, que são a maioria, serão cobrados em R$ 3.25 nos cartões – explicou o diretor-presidente da EPTC Vanderlei Cappellari, em entrevista ao Gaúcha Hoje, da Rádio Gaúcha.
O cobrador Pedro Silveira, da linha 343 Alameda, confirma a prática.
– Desde as primeiras viagens fomos orientados a cobrar R$ 3,25. Até os adesivos com os valores foram tirados.
A alteração do valor foi comemorada por Nisael Rodrigues, 18 anos, que presta o serviço militar:
– Acho este valor mais justo, porque pego quatro ônibus por dia e, assim, economizo R$ 2. Imagina para quem está desempregado? – questiona o jovem.
A prefeitura, por meio da Procuradoria-Geral do Município e da EPTC, entrará com novo recurso na Justiça, alegando que houve lisura na licitação do novo sistema de transporte da Capital.
O reajuste foi suspenso pela Justiça na noite de quarta-feira e atende pedido da bancada do PSOL na Câmara de Vereadores. O partido argumenta que o aumento não passou pelo Conselho Municipal de Transporte Urbano ou qualquer outro mecanismo de controle da população.