Com perfil mais técnico que político, Emerson Wendt chega à chefia da Polícia Civil após 18 anos de experiência como delegado. Mestre em Direito e especialista em crimes cibernéticos, Wendt foi nomeado diretor do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) no começo do governo Sartori.
Entre seus trabalhos recentes, destaca-se a supervisão referente às ações que desarticularam a quadrilha então liderada pelo traficante Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, morto em janeiro do ano passado. Operações do Denarc miraram no patrimônio do bando, descobrindo uma complexa rede de lavagem de dinheiro que incluía até o controle de uma frota de táxis na Capital.
Leia mais:
Governo anuncia Emerson Wendt como novo chefe da Polícia Civil
"É desesperadora a falta de servidores", diz Wondracek
Humberto Trezzi: Wondracek pode ter sido vítima da própria sinceridade
Na gestão anterior, de Tarso Genro, foi diretor do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos, setor que presta assessoramento à chefia da Polícia Civil e primeiro delegado da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos. Membro da Associação Internacional de Investigação de Crimes de Alta Tecnologia (HTCIA), foi também integrante do Comitê Gestor de Tecnologia da Informação da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
Atualmente, integra o Conselho Superior de Polícia da Polícia Civil do RS e é professor da Academia de Polícia Civil nas cadeiras de Inteligência Policial e Investigação Criminal. Já foi delegado da polícia regional de Cachoeira do Sul e titular das DPs de Iraí, São Gabriel, Vera Cruz e Sobradinho.
Experiente, foi professor de cursos de pós-graduação de diversas faculdades gaúchas. É autor do livro Inteligência Cibernética e coautor dos livros Crimes Cibernéticos: ameaças e procedimentos de investigação e Inteligência Digital, além de autor e organizador de Investigação Criminal: ensaios sobre a arte de investigar crimes.