Afundado desde o dia 29 de janeiro, quando uma forte tempestade atingiu a Capital, o Cisne Branco está prestes a voltar a flutuar. Após um longo processo, iniciado no dia seguinte ao temporal, o barco, que ficou virado com a força do vento e das ondas, pode ser encaminhado para manutenção ainda nesta quinta-feira. Tudo vai depender do andamento do trabalho de colocação de bombonas cheias de ar que ajudarão a embarcação a se elevar aos poucos.
No início da semana, mergulhadores fizeram a remoção do mobiliário que estava dentro do barco, com o objetivo de liberar espaço para a colocação das bombonas. Nesta quarta-feira, o trabalho foi concentrado nesta etapa.
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Na manhã de quinta-feira, a expectativa é de que o barco se eleve e na sequência a água possa começar a ser sugada de dentro do barco. Desta forma, ele naturalmente poderá se elevar até atingir a posição normal de flutuação. Quando isso acontecer, o Cisne Branco será rebocado até o estaleiro, para avaliação dos estragos e manutenção.
Construído em 1978, o barco possui apenas seguro para caso de acidente com passageiros. As despesas com os estragos decorrentes do afundamento ainda não foram calculadas, pois isso depende da reflutuação.
Histórico do processo
Sábado (30/01) – Planejamento com engenheiro naval, vedação dos tanques de combustível e instalação de boias de advertência e contenção. À tarde, a primeira balsa chegou ao cais.
Domingo (31/01) – Realização de amarrações no barco e na balsa para que fosse iniciado o processo de reflutuação. O barco foi preso para que ficasse aparente na beira do cais.
Segunda-feira (01/02) – Teve continuidade o processo de usar o peso da balsa para puxar o Cisne Branco. As amarrações precisaram ser reforçadas.
Terça-feira (02/02) – Uma quantidade maior de amarrações precisou ser feitapara evitar o rompimento da embarcação. Neste dia foi constatada a necessidade de uma segunda balsa para auxiliar o processo.
Quarta-feira (03/02) – A segunda balsa chegou por volta do meio-dia e a tarde foi dedicada à realização das amarrações para fixar a estrutura ao barco.
Quinta-feira (04/02) – Em várias manobras envolvendo as duas balsas, a embarcação apresentou pequeno avanço, com inclinação de dez graus e ficando com metade da estrutura fora da água.
Sexta-feira (05/02) – Novamente foram feitas manobras delicadas com as balsas. O Cisne Branco encerrou o dia com 50% do casario aparente e inclinação de quase 45 graus.
Sábado (06/02) – Foram feitas manobras delicadas com as balsas para que o barco ficasse mais perto da superfície.
Domingo (07/02) – Foram refeitas algumas amarras e movimentações com as balsas, que deixaram o barco com 80% de sua estrutura para fora da água.
Segunda-feira (08/02) – Foram feitas movimentações com as balsas, que deixaram o barco com 80% de sua estrutura para fora da água.
Terça-feira (09/02) – Foi feita a nivelação das balsas para preparar o processo de retirada de água da embarcação.
Quarta-feira (10/02) – Foram colocadas cinco cintas resistentes para iniciar o processo de suspensão do barco, que já está com 90% da estrutura para fora da água.
Quinta-feira (11/02) – Por medida de segurança, ficou decidido que novas cintas serão presas ao barco para concluir o processo de suspensão da embarcação.
Sexta-feira (12/02) – Trabalho dedicado ao reforço nas cintas que garantirão que o casco fique intacto durante o procedimento de suspensão.
Sábado (13/02) - Depois de concluída a amarração do barco com novas cintas, mais 1,20 metro da embarcação foi erguido acima do nível da água.
Domingo (14/02) - Folga.
Segunda-feira (15/02) - Trabalho de mergulhadores na remoção da mobília que está no casco do barco.
Terça-feira (16/02) - Trabalho de mergulhadores na remoção da mobília que está no casco do barco.
Quarta-feira (17/02) - Colocação das bombonas que serão enchidas de ar para equilibrar o peso do barco e ajudá-lo a se elevar aos poucos.