O BTG Pactual informou nesta quarta-feira que André Esteves, preso na Operação Lava-Jato, saiu do bloco de controle do grupo, passando o comando societário para os sócios Marcelo Kalim, Roberto Balls Sallouti, Persio Arida, Antonio Carlos Canto Porto Filho, James Marcos de Oliveira, Renato Monteiro dos Santos e Guilherme da Costa Paes. Os sócios formam o grupo Top Seven Partners.
A mudança ocorreu por meio de uma permuta de ações entre André Esteves e Top Seven Partners.
Segundo fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a alteração está sujeita à aprovação do Banco Central e mais informações serão divulgadas por meio de formulário de referência de cada uma das companhias.
Conheça os motivos que determinaram a prisão do banqueiro André Esteves
Graduado em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o empresário começou a carreira no Banco Pactual, em 1989, quando tinha 21 anos e ainda estava na faculdade. De classe média, o ex-morador da Tijuca ingressou como estagiário no Pactual, para onde ia de ônibus. Logo virou sócio minoritário e liderou o movimento de saída do então controlador do banco. Depois, vendeu a instituição para o suíço UBS e três anos mais tarde, recomprou o banco.
Assim, fundou o BTG Pactual, conglomerado que se tornou, hoje, o maior banco de investimentos do Brasil, responsável por administrar R$ 138,6 bilhões.
Quem é o bilionário André Esteves, preso na operação Lava-Jato
Esteves foi o mais jovem bilionário brasileiro aos 37 anos. Hoje, aos 46 e pai de três filhos, acumula patrimônio de US$ 2,1 bilhões. Segundo a revista Forbes, o brasileiro está classificado na posição de número 628 no ranking Bilionários do Mundo.
André Esteves renuncia à presidência do BTG Pactual