A Odebrecht S.A. informou nesta quinta-feira que Marcelo Odebrecht, neto do fundador da empresa, Norberto Odebrecht, deixou o cargo de presidente da empresa. Ele está preso desde o dia 19 de junho deste ano, quando a Polícia Federal deflagrou a 19ª fase da Operação Lava-Jato.
Em nota, a empreiteira diz acreditar "que a injusta e desnecessária prisão preventiva de Marcelo será revogada, o que possibilitará que ele se dedique integralmente à sua família e à sua defesa nas ações penais a que responde". Leia a íntegra no final da matéria.
Marcelo também deixa a presidência dos Conselhos de Administração da Braskem, Odebrecht Óleo e Gás, Odebrecht Realizações Imobiliárias e Odebrecht Ambiental.
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Ele é réu em dois processos oriundos das investigações sobre corrupção envolvendo a Petrobras e está preso há quase seis meses no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O local abriga presos que têm curso superior, policiais acusados de crimes e pessoas com problemas de saúde.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Marcelo atuava em um cartel de empreiteiras, que definiam quem venceria licitações de obras da estatal. Além dele, outros executivos ligados à Odebrecht e subsidiárias também foram detidos.
Leia a íntegra da nota divulgada pela empresa:
Passados quase 6 meses de prisão e tendo em vista o andamento de seu processo judicial, Marcelo Odebrecht decidiu ontem formalizar seu afastamento da Presidência da Odebrecht S.A., bem como do cargo de Presidente dos Conselhos de Administração da Braskem, Odebrecht Óleo e Gás, Odebrecht Realizações Imobiliárias e Odebrecht Ambiental.
O Conselho de Administração da Odebrecht S.A. formalizou a nomeação de Newton de Souza, que segue como Diretor-Presidente da Odebrecht S.A. e Presidente dos Conselhos de Administração das empresas mencionadas.
A Odebrecht acredita que a injusta e desnecessária prisão preventiva de Marcelo será revogada, o que possibilitará que ele se dedique integralmente à sua família e à sua defesa nas ações penais a que responde. A Odebrecht confia que ao final dos processos judiciais em curso, a inocência de Marcelo Odebrecht será formalmente reconhecida.